Indústria estadual inicia ano mais otimista com relação à demanda por seus produtos

Os empresários industriais de Mato Grosso do Sul estão mais otimistas em relação às previsões para a demanda por seus produtos, contratações de mais funcionários, compras de matérias-primas e exportações de industrializados

A Sondagem Industrial, realizada em janeiro deste ano pelo Radar Industrial da Fiems junto às empresas sul-mato-grossenses, destaca que os empresários industriais de Mato Grosso do Sul iniciaram 2014 mais otimistas em relação às previsões para a demanda por seus produtos, contratações de mais funcionários, compras de matérias-primas e exportações de industrializados para os próximos seis meses. A melhor marca dos indicadores foi registrada para a demanda por produtos industrializados, alcançando 63,7 pontos.

Já as compras de matérias-primas apresentaram indicador de 55,8 pontos, enquanto as exportações de industrializados tiveram índice de 55,6 pontos e as contratações de empregados atingiu 51,8 pontos, ressaltando que os resultados a partir dos 50 pontos indicam a ocorrência de expectativas positivas para os próximos seis meses. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em Mato Grosso do Sul, a produção industrial apresentou ritmo moderado neste início de ano, contudo, houve melhora em relação ao desempenho verificado em dezembro de 2013. "Esse mesmo comportamento também foi observado na pesquisa nacional, ressaltando que tal condição é usual para esta época, uma vez que muitas empresas ainda não iniciaram plenamente suas atividades", pontuou.

Mesmo com a melhora relativa na passagem de 2013 para 2014, o ritmo ainda moderado da atividade se refletiu sobre a utilização da capacidade instalada em Mato Grosso do Sul. O índice marcou 46,3 pontos em janeiro. Ficando abaixo dos 50 pontos, patamar a partir do qual há o indicativo de utilização acima do usual para o período. Por fim, a utilização média da capacidade instalada nas indústrias pesquisadas foi de 69%. Em relação aos estoques, em média, a quantidade observada mostrou-se bem acima daquela que foi planejada para o período, com o indicador marcando 54,2 pontos, sinalizando que as empresas acumularam estoques superiores ao desejado para o mês de janeiro. Essa condição ocorreu, basicamente, nos estabelecimentos de médio/grande porte, com o índice atingindo os 56,7 pontos. Já nos estabelecimentos de pequeno porte o índice foi de 42,5 pontos.

ICEI

Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial em Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em fevereiro o equivalente 55,9 pontos, sinalizando que os industriais sul-mato-grossenses seguem confiantes. Sobretudo em relação às expectativas quanto ao comportamento da economia estadual e do desempenho da própria empresa que apresentaram os maiores resultados na avaliação, com índices de 56,7 e 67,0 pontos, respectivamente.

Em fevereiro, para 6,5% dos respondentes as condições atuais da economia brasileira melhoraram. No caso da economia estadual, na mesma comparação, a melhora foi apontada por 16,1% dos participantes. Por fim, com relação à própria empresa, as condições atuais estão melhores para 30% dos respondentes, enquanto 48,4%, 45,2% e 50% disseram que não houve alteração nas atuais condições da economia brasileira, estadual e no desempenho da própria empresa, respectivamente.

Para os próximos seis meses, 29% dos respondentes mostram-se confiantes em relação à economia brasileira, enquanto no caso da economia estadual, na mesma comparação, os que disseram estar confiantes também alcançou a marca de 29%. Por fim, com relação ao desempenho da própria empresa, considerando os próximos seis meses, 61,3% dos respondentes mostraram-se confiantes, enquanto 45,2%, 45,2% e 32,3% disseram que, no mesmo período, não deve haver alterações em relação à economia brasileira, estadual e no desempenho da própria empresa, respectivamente.

Relacionadas

Leia mais

Experiência da FIEC é apresentada na Federação do Mato Grosso
Associativismo industrial cresce em Mato Grosso
Atividade desaquecida diminui otimismo na indústria da construção

Comentários