Minas quer exportar mais para o México

Uma missão comercial ao país está sendo organizada para o período de 27 de setembro a 3 de outubro

O Sistema FIEMG apresentou a empresários um estudo de potencialidades para os produtos do complexo metalmecânico no México. Uma missão comercial ao país está sendo organizada para o período de 27 de setembro a 3 de outubro. Para o consultor do Centro Internacional da FIEMG, Alexandre Brito, o mercado da América Latina tem grande potencial para as exportações mineiras. “Do ponto de vista de matéria prima há uma natural inserção, mas podemos fortalecer a pauta do valor agregado, não só com o setor eletroeletrônico, como também o metalomecânico, com uma base metalúrgica, que atende também ao setor de máquinas e equipamentos, artefatos de aço, peças mecânicas, e o setor médico”, diz. 

Brito reforça as semelhanças entre as culturas para acessar o leque de oportunidades de negócios com o país. “O México tem uma economia no mesmo estágio de desenvolvimento, o consumidor tem características parecidas, e assim como o Brasil, tem um setor automotivo muito forte”, diz. O México também está implementando projetos de infraestrutura e liberalizando o setor de energia. “Estamos esperançosos de que isso possa nos inserir de forma competitiva no mercado”, diz. 

O presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindivel), Roberto Souza Pinto, espera aumentar entre 2 e 5% as exportações das indústrias do Vale da Eletrônica mineiro, no Sul do estado, para o México e outros países da América do Sul, nos próximos três anos. Os empresários da região costumam participar de três feiras por ano e estão neste mercado há 10 anos. “O México é um país comprador, com consumo maior do que o Brasil e têm uma boa receptividade aos produtos brasileiros. Eles são bastante exigentes na conformidade nas homologações de produtos e no padrão da qualidade”, assegura o empresário. 

Segundo Roberto Souza Pinto, as exportações são principalmente de equipamentos de automação, como os sensores, e toda linha de sistemas de segurança, como alarmes, acionadores de portão e cercas elétricas e virtuais. “É seguro que as exportações vão crescer porque já temos um caminho percorrido no México e acesso aos organismos que regulamentam nossos produtos”. Ele salienta que para concretizar as vendas, os produtos precisam ser conhecidos dentro do ambiente das agências reguladoras, dos distribuidores e consequentemente dos usuários. 

O México é a 14ª maior economia do mundo e a segunda maior economia da América Latina. Com economia vulnerável a choques externos, principalmente à conjuntura norte-americana, a expansão mexicana desacelerou em 2012 (3,3%) e 2013 (1,2%). A tendência, no entanto é de que uma retomada do crescimento nos Estados Unidos possa reverter o quadro atual. As estimativas já falam em incremento superior a 3% neste ano.

O México é um dos dez maiores produtores de automóveis. Os setores de tecnologia da informação e de software estão passando por um crescimento bastante expressivo, impulsionados pela qualidade da mão de obra e dos clusters e custos operacionais baixos. 

O comércio bilateral é composto, quase completamente, de bens industrializados, principalmente de manufaturados, com relevância para os produtos da indústria automotiva. O Brasil apresenta exportações expressivas de aviões, máquinas e aparelhos mecânicos, produtos químicos, metalúrgicos e alimentícios para o México. 

Quanto ás importações, as aquisições brasileiras são compostas basicamente de produtos da indústria automotiva, químicos, eletroeletrônicos e produtos petroquímicos.

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