Associativismo para produtividade

Olavo Machado Junior mostrou aos empresários, no Projeto Dirigente 2014, como o aumento da produtividade deve ser considerado prioridade para a indústria mineira

Olavo Machado Junior mostrou aos empresários, no Projeto Dirigente 2014, como o aumento da produtividade deve ser considerado prioridade para a indústria mineira. O caminho para atingi-lá está, de acordo com o industrial, na busca por tecnologia e inovação dentro das empresas e na capacidade de influência política dos líderes do setor produtivo.

Em sua apresentação, Machado Junior, pontuou que os números ruins da indústria brasileira contrastam com os dados de importação. “Não há desabastecimento, mas substituição de produtos. Precisamos estar prontos para concorrer com um mercado internacional, mesmo dentro de nosso país”, afirmou. Para isso, o presidente do Sistema FIEMG entende que é preciso um salto nos índices de produtividade. Nos últimos dez anos, ela ficou praticamente estagnada no Brasil, subindo 3%. No México e nos EUA, o salto foi de 53% e 19%, respectivamente. 

A necessidade de diversificação da pauta industrial mineira, com agregação de valor ao produto fabricado no estado, também foi destacada por Machado Junior. “Minas perde muito mercado já nos primeiros processos de agregação de valor. É assim com nossos principais produtos, o minério e o café, que saem para outros estados para serem beneficiados”, lamentou. 

O presidente do Sistema FIEMG mostrou, em sua apresentação, as ações da entidade na busca por soluções para a indústria mineira. Ele destacou os projetos de educação e qualificação profissional – com o Pronatec; o Minas Sustentável; o Pró-Valor; as missões e feiras internacionais; o Compre Bem e o Projeto Forte; as câmaras e conselhos; e os investimentos em inovação e tecnologia, como no Centro de Inovação e Tecnologia SENAI campus Cetec.

Junto dessas ações, Machado Junior acredita ser fundamental a organização dos empresários para sensibilizar os políticos mineiros e brasileiros da importância da indústria. “Economia não muda país. O que muda são estadistas. As decisões políticas tomadas por eles é que podem alterar os rumos da nossa economia”, disse o presidente do Sistema FIEMG. 

CNI quer fortalecer associativismo 

O diretor de desenvolvimento industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, participou do último dia do Projeto Dirigente 2014. Ele apresentou aos empresários mineiros a atuação da entidade no fortalecimento do associativismo e as ações que são desenvolvidas para os sindicatos patronais em todo o país. 

“Buscamos conhecer as necessidades das federações estaduais e dos sindicatos. Assim podemos atuar para defendê-los em diferentes instâncias”, explicou Abijaodi. Ele destacou algumas ações desenvolvidas pela CNI para fortalecer os sindicatos e o associativismo, como cursos, palestras e câmaras setoriais, onde são debatidos assuntos de interesse dos empresários. 

Para ele, ao conhecer os sindicatos, a CNI atua de forma mais assertiva junto aos poderes legislativo, executivo e judiciário. “A proposta é, justamente, monitorar as ações políticas para que possamos sensibilizar nossos representantes”, afirmou.

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