Encontro na FIESC reúne presidentes de sindicatos de 11 Estados

Ricard Pereira Silveira, presidente do SIMEC do Ceará, salientou que o evento foi uma oportunidade de trocar experiências sobre o setor

Presidentes de sindicatos de indústrias metalúrgica, mecânica e do material elétrico de onze Estados participaram de encontro promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta quinta-feira (23), em Florianópolis. No evento, o presidente do SIMMMET, de Timbó, Edvaldo Ângelo, destacou que a solução para a falta de trabalhadores para o setor surgiu a partir de uma reunião de diretoria do sindicato: a contratação de haitianos que se encontravam em Brasileia, no Acre. Um terremoto devastou o Haiti em 2010, o que levou muitos habitantes a buscar uma vida melhor em outros países. 

A Metisa, empresa associada ao SIMMMET, realizou um "projeto-piloto". Enviou dois profissionais ao Acre para fazer a seleção de trabalhadores. Foram contratados 56 haitianos, que receberam todo o auxílio necessário para o deslocamento, além de alojamento e aulas de língua portuguesa. A partir da experiência da empresa, outras dez companhias locais também contrataram. Edvaldo destacou que o sindicato teve papel fundamental no planejamento da ação. Hoje, os imigrantes estão integrados e alguns já trouxeram a família e estão morando em casas alugadas. "A força do sindicato é importante porque une as pessoas. Tem que trazer a indústria para dentro. Naturalmente se cria uma força muito grande", afirmou. 

Durante o encontro, o presidente do SIMEC do Ceará, Ricard Pereira Silveira, salientou que o evento foi uma oportunidade de trocar experiências sobre o setor. "Podemos adaptar à nossa realidade muitas ideias que saem daqui. Existem causas que só conseguimos vencer juntos. Isso temos vivido e percebemos que cada vez que fortalecemos o associativismo obtemos mais sucesso", disse. 

Durante a reunião também foi apresentado o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC), iniciativa que vai propor ações futuras e promover, no longo prazo, uma dinâmica de prosperidade industrial. A especialista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Camilla Cavalcantti, mostrou as principais ações desenvolvidas nacionalmente no âmbito do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA). A iniciativa tem o objetivo do fomentar a troca de experiências de gestão entre as lideranças nas áreas de gestão sindical, defesa de interesses, negociação coletiva e prestação de serviços. O PDA é uma parceria entre a CNI, Federações de Indústria e Sebrae.

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