Uma tarde dedicada ao intercâmbio e compartilhamento de experiências, de informações e novos conhecimentos sobre gestão sindical eficiente. Assim foi a Mesa-Redonda realizada com executivos dos sindicatos patronais filiados à Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), nesta terça-feira (09/09), na Casa da Indústria. O evento foi mediado pelo consultor Oscar Rache, com participação de dois executivos que apresentaram suas trajetórias pessoais e profissionais à frente dos sindicatos que conduzem.
De Santa Catarina, o executivo do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau e Pomerode (Simmmeb), Maurico Rossa, contou sobre a sua experiência no sindicato. Em 2011, quando ele assumiu o cargo de executivo, o sindicato tinha 35 empresas associadas e 45% de inadimplência. Três anos depois, o número de associados subiu para 145 e o índice de inadimplentes caiu para 1,06%.
Para ele, esses números positivos são reflexos de uma boa gestão, como a implementação de benefícios, projetos, ações que levaram a uma maior aproximação do sindicato com os empresários. “Hoje, estamos bem próximos dos nossos associados, sendo que muitas empresas nos procuram voluntariamente para se associar. Não foi um trabalho fácil, demorou um tempo, mas conseguimos tornar o sindicato o representante do nosso setor”, disse Rossa.
Convidado especial para a Mesa-Redonda, o executivo disse que foi a primeira vez que participou de um bate papo como este fora do estado de Santa Catarina. Segundo ele, foi uma experiência muito boa, pois os problemas macros que os sindicatos enfrentam são parecidos em todo o país. “Questões trabalhistas, negociação coletiva e legislação são alguns assuntos que todos os sindicatos patronais lidam diariamente, por isso, este evento é uma excelente oportunidade para a troca de informações e compartilhamento de novas ideias”.
De Mato Grosso, o convidado para expor a sua forma de trabalho, foi o executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, que está à frente da entidade há 12 anos. Atualmente, o sindicato representa as dez indústrias produtoras de açúcar, etanol e energia elétrica (a partir do bagaço da cana) no Estado. Dentre as ações do Sindalcool, os dados estatísticos do setor são considerados primordiais.
“Quinzenalmente fornecemos números confiáveis da produção e safra do setor sucroenergético, além disso, temos sempre informações atualizadas sobre legislação, postos de trabalho e tudo mais que envolve o segmento no Estado e no Brasil”. Segundo o executivo, o sindicato é o representante institucional das empresas associadas, no qual faz os enfrentamentos políticos em defesa do setor, além de desenvolver e participar de ações que envolvem toda a cadeia de produção sucroenergética no Estado.
Líderes sindicais de diferentes segmentos industriais prestigiaram o evento. Do interior de Mato Grosso, a executiva do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Cristiane Oliveira, gostou muito do evento, pois teve a oportunidade de esclarecer algumas dúvidas sobre gestão sindical. “Com certeza, muito do que ouvi, poderei levar para a diretoria do Sindusmad e implantar novos projetos para melhorar a nossa gestão sindical. Já avançamos bastante, mas sempre há algo para melhorar”, comentou.
A Mesa-Redonda é uma ação do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e executado pela Fiemt. Em Cuiabá, o curso foi mediado pelo consultor Oscar Rache, que é também empresário e presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral e da Malharia de Pernambuco (Sinditêxtil-PE).
Para ele, a função do sindicato é melhorar o ambiente de negócio e o executivo tem papel fundamental. “Para termos uma indústria forte, precisamos reforçar a atuação do sindicato com gestão eficiente, por isso a CNI, juntamente com as Federações das Indústrias, estão empenhadas na busca de soluções para os problemas inerentes a todos os sindicatos patronais do setor. “Com certeza, essa troca de experiência ajudará os executivos a administrarem os sindicatos com mais qualidade e eficiência”.
