Associados do setor de base florestal de Juína e Colniza, filiados ao Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), receberam a capacitação ‘Como atender a fiscalização do trabalho?’. Em Colniza o curso foi nesta quinta-feira (14), já em Juína a capacitação ocorreu na última terça-feira (12), na sede do sindicato.
Durante oito horas, os empresários, executivos e analistas do departamento de recursos humanos das empresas aprenderam procedimentos de fiscalização, os documentos que podem ser exigidos, qual o limite da atuação do fiscal e ações de boa prática ao atendimento. O curso é uma parceria entre o Simno, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O consultor da CNI, advogado trabalhista e mestre em direito, Antônio Raimundo Queiroz Júnior, foi quem ministrou a capacitação. Segundo ele, esta é uma iniciativa do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), da CNI, desenvolvida por meio do projeto ‘Associa Indústria’, realizado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que tem o intuito de convocar os empresários a participar ativamente do sindicato para fortalecer o associativismo e, consequentemente, o setor industrial.
"Com base nisso, o programa utiliza-se da educação, da qualificação desses empresários para que possam comparecer junto à entidade. Abordamos o tema como atender a fiscalização do trabalho em caso de fiscalização. Mas, acima de tudo, sugerir ações coletivas para questões coletivas. Por isso, é importante que os empresários tenham a ciência de que viver o sindicato também é uma estratégia, uma ferramenta para solucionar problemas vividos e compartilhados pela classe", disse.
O presidente do Simno, Roberto Rios, agradeceu o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, pela oportunidade de trazer o curso para os empresários da região. "Para o Simno é de grande valia, é mais um presente que ganhamos da Federação e, portanto, estamos com todo o nosso segmento da indústria aqui hoje, bem como seus contadores, aprendendo a atender melhor a fiscalização e evitar multas e transtornos, sabendo dialogar com os fiscais".
Para Gioval Hermes Vicente, da empresa Berneck, as informações que o curso transmitiu vieram suprir uma demanda que as indústrias possuem, principalmente em relação ao conhecimento técnico de atendimento a fiscalização. "As pessoas hoje ficam perdidas ao receber um fiscal e perdem a noção do que estão fazendo. Muitas vezes a empresa recebe uma multa que poderia ser defendida ou evitada se tivesse o conhecimento que foi repassado nesse curso".
Para Marcos Guimarães, representante da Damiani Madeira, o curso foi bom e atendeu as expectativas. "Estamos tendo uma troca de experiência muito grande, o palestrante trouxe a realidade das grandes empresas aqui pro interior e mostrou o outro lado, que existem auditores de fora que podem solicitar documentação ou agir de uma maneira muito autoritária que prejudica a fiscalização, e aprendemos como lidar com essas situações".
De acordo com a participante Jéssica Requena, da Requena Madeiras, as informações compartilhadas no curso e o conhecimento adquirido serão aplicados na empresa e vão contribuir para melhorar o desempenho. "São muitas coisas novas que eu não sabia, como normas e leis que desconhecia". O Curso em Colniza foi tão participativo que gerou diversas questões, tanto que foi agendada para o próximo dia 12 de setembro uma reunião com o jurídico do sindicato para saná-las.
Assim como fez em Brasnorte e em Juína, o Simno estará com estande na Festa do Peão de Colniza, que acontecerá de 11 a 14 de setembro, expondo produtos do setor moveleiro e madeireira daquela cidade, além de fabricante de troncos e o Memorial Simno, que já percorreu algumas cidades da base do sindicato.
