Buscar informação sobre os regimes tributários para a melhor escolha diante das características de cada empresa. Esta foi a mensagem central do curso “Como pagar menos tributos”, ministrado pelo consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Miguel Santiago, durante os dias 21 e 22 de julho, na Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) para empresários acreanos do setor da construção (Sindicatos da construção civil, pavimentação, olaria e mineração) e os demais setores (Sindicatos de alimentos, panificação, madeira, móveis, confecção e gráfico). 

Segundo ranking divulgado, ano passado, pela CNI, o Acre está entre os estados que mais tributam as empresas enquadradas no Simples Nacional, acompanhados do Mato Grosso, Bahia, Amazonas, e Piauí. 

Neste sentido, Santiago levou aos empresários o melhor conhecimento do Sistema Tributário Brasileiro e os diferentes regimes tributários, e como este afeta a competitividade da indústria. “O peso dos tributos no Brasil supera largamente o de outros países em desenvolvimento”, pontua o consultor. 

O consultor reforçou a importância da mobilização coletiva para minimizar as cargas tributárias. “Uma indústria isolada não consegue nenhum avanço com relação à tributação estipulada, mas se um setor se reúne, discute e analisa até que ponto as cargas tributarias estão afetando o desenvolvimento das suas atividades, juntos estes sim possuem uma representatividade junto às políticas de cada governo para elaboração de ações que venham de encontro a seus anseios”, explica Santiago

Durante o curso que teve carga horária de 8 horas, os empresários além de conhecer em detalhes o Sistema Tributário Brasileiro e os regimes tributários ainda puderam analisar os pontos positivos e negativos de cada regime e saber qual deles atende melhor as necessidades de cada indústria. 

“A questão tributária tem um impacto muito grande, pois todos os dias nós ouvimos sobre novas regras que são criadas. Com isso, o próprio empresário, juntamente com o contador, cria uma situação de insegurança e de dúvidas quanto à forma de gerir seu negócio. Esse curso esclareceu os pontos mais importantes que nós devemos atacar para podermos aplicar em nossas empresas”, avaliou o presidente do Sindicato da Indústria de Confecção do Estado do Acre (Sincon), Abraão Figueiredo. 

A realização do curso é da FIEAC e CNI, por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), com o apoio dos sindicatos industriais, que são filiados à federação. 

PDA 

O Programa de Desenvolvimento Associativo busca o fortalecimento sindical para a defesa dos interesses das indústrias. “O sistema de representação da indústria (confederações, federações e sindicatos) têm um papel muito importante de lutar por uma carga tributária mais inteligente e mais suave para o empresário.  E isso só acontece se o sindicato for forte e tiver muita participação para que cobre do governo uma carga mais barata e otimizada por meio do associativismo”, finaliza o consultor.