Inovação

Recompor o investimento público em inovação

PRIORIDADE:
BAIXA

POSIÇÃO:

STATUS:

SITUAÇÃO:

O País necessita rever o modelo de investimento em vigor para PD&I. A complexidade institucional e as disfuncionalidades do Sistema de Inovação no Brasil dificultam o desenvolvimento tecnológico e a elevação da produtividade das indústrias. Em termos práticos, não se trata apenas de aumentar o valor investido, mas também a sua qualidade. Em que pesem os avanços decorrentes da ENCTI, do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do Plano Inova Empresa, dos programas de inovação do BNDES e da Finep, do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Capes, CNPq e, entre outros, percebe-se sobreposição de agendas, dispersão de esforços e, principalmente, intensa concorrência por recursos.

 

Pontos-Chave

 

1. O investimento público em Inovação precisa ser prioridade

Conforme dados apurados pela CNI, levando em consideração o crescimento médio anual de 1,3% dos gastos em P&D dos últimos treze anos, o Brasil levaria aproximadamente 34 anos para atingir o patamar de 2% do PIB ou cerca de 26 anos para atingir a meta de 1,8% do PIB, estabelecida na ENCTI. Enquanto isso, países como Coreia, Japão e Alemanha apresentam, respectivamente, razões de 4,15%, 3,47%, 2,85% do PIB direcionado P&D.

 

2. A fragmentação orçamentária cria debilidades

Os recursos devem ser orientados para fomentar o desenvolvimento tecnológico e a inovação e não priorizar as conflitantes agendas dos diversos ministérios e agências públicas que tratam sobre inovação. Exemplo a ser revisto é o do Ministério da Educação, que é a instituição pública com maior orçamento dedicado ao estímulo à P&D, contudo, esses recursos são alocados apenas para bolsas de pósgraduação.

 

3. Recursos devem ter sustentabilidade e ser orientados para fins específicos

Cabe assegurar recursos do Fundo Social para inovação, reestruturar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e recompor os recursos de subvenção – pelo menos aos níveis de 2010 –, além de garantir funding para a continuidade dos programas de financiamento à inovação do BNDES e da Finep e maior foco em projetos estratégicos.

 

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