Educação
Redefinir a Base Nacional Comum Curricular é uma das prioridades do Sistema Indústria. O caminho é a criação de uma matriz educacional que permita o diálogo entre o ensino médio e inserção dos jovens no mercado de trabalho.
O currículo atual está baseado no pressuposto de que o único caminho para os alunos é a Universidade. Ignora, assim, em larga medida, a educação profissional como um caminho para a inserção na sociedade. Nossa meta é fortalecer a educação profissional, de forma que o ensino técnico seja uma alternativa para os jovens estudantes e também para adultos que passaram pela escola, mas ainda não tem uma profissão.
São 80 milhões de brasileiros que não têm o ensino médio completo e precisam de uma ação efetiva do Estado, para combinar educação regular com educação profissional.
Pontos Chave
1. Para alcançarmos melhores resultados, os métodos de ensino precisam ser atualizados e as condições das escolas aprimoradas
A transformação passa por um foco na qualidade da educação básica, adequação de currículos às novas necessidades do mercado, monitoramento da atuação de professores, gestão de recursos e boas práticas de governança. O ensino médio deve ser pensado como um período de transição, em que parte dos jovens seguirá para universidades e outra parte para o mundo do trabalho.
2. A carga horária de ensino em português, matemática e ciências é, hoje, insuficiente e deve ser aumentada para preparar crianças e jovens para o mercado de trabalho
É necessário incorporar nos currículos atividades e conteúdos que permitam a participação ativa no mercado de trabalho. Mais importante ainda, esses conteúdos devem ser apresentados de maneira a estimular o interesse dos alunos. Para isso, é preciso ter em conta a adoção de modelos que reúnam teoria e prática.
3. O investimento em educação profissional deve ser elevado para balancear a matriz educacional
Uma das prioridades deve ser a inserção do curso técnico ao lado da educação regular entre jovens de 15 e 17 anos. A matriz educacional brasileira oferece pouco ensino técnico como alternativa. Cerca de 11% desses jovens fazem curso técnico no Brasil, enquanto a média de países desenvolvidos é de 50%.
Saiba Mais
Retratos da Sociedade Brasileira Educação Básica: Educação (CNI, 2014)