Conheça os vencedores do Desafio SENAI de Projetos Integradores 2017

Cerca de 1.500 projetos participaram desta edição da disputa, que contou com duas etapas. Na regional, foram selecionados os melhores de cada estado e, na nacional, foram premiadas as melhores soluções do Brasil para os desafios propostos

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) premiou, nesta terça-feira (28), em Brasília, seis projetos elaborados em suas escolas com soluções para desafios do dia a dia da indústria. As equipes de alunos e orientadores do Paraná e de Alagoas conquistaram o primeiro lugar nas categorias “Curso Técnico” e “Aprendizagem Industrial”, respectivamente, do Desafio SENAI de Projetos Integradores 2017.

Os paranaenses desenvolveram para o Grupo Boticário, que tem sede no estado, uma embalagem 100% biodegradável - que se decompõe por completo no meio ambiente. O projeto Ecoboti foi elaborado por alunos dos cursos técnicos de Eletromecânica e de Biotecnologia. “A gente tem instigado os professores realizando capacitações para que o resultado melhore“, explica a gerente de educação profissional e tecnológica do SENAI do Paraná, Vanessa Frazon.

O segundo lugar foi para o Sistema Auto Ablocável de Serragem, de Minas Gerais. O objetivo do projeto era criar um tijolo diferente prático, leve e sustentável. Foi assim que a equipe criou um bloco montável de serragem resistente, impermeável e que não precisa de reboco, pois é encaixável, o que fornece economia para a construção civil. Na terceira posição ficou o projeto Apollo V, de Pernambuco, com a criação do protótipo de um sistema fotovoltaico aplicado a residências, ou instalações comerciais capaz de fornecer energia elétrica para o ambiente que apresentar o maior consumo.

EMPREENDEDORISMO - Na categoria Aprendizagem Industrial, o grande vencedor foi o projeto LeveObra, que ficou com o  primeiro lugar. A solução apresentada para a empresa V2 Construções foi um conjunto de placas de materiais de baixo custo, sustentáveis e leves para a rápida montagem de canteiros de obras. Atualmente, apenas a estrutura montada para a realização de obras produz grandes volumes de resíduos. No Brasil, são gerados 31 milhões de toneladas por ano de entulho.

O grupo vencedor é formado por alunos e orientadores dos cursos de Assistente Administrativo e Processos Construtivos. “A gente trabalha com a cultura da inovação e do empreendedorismo nos nossos cursos “, explica Nívea Maria, gerente de educação profissional e tecnológica do SENAI de Alagoas. Nas últimas duas edições, o estado levou  o primeiro lugar na categoria Cursos Técnicos.

O segundo lugar na categoria foi conquistado pelo projeto de Reutilização  de  água condensada, do Paraná, que consiste em reaproveitar a água que é desperdiçada pelo ar condicionado do carro com o objetivo de armazenar e disponibilizar para o uso dentro e fora do veículo. Em terceiro lugar ficou o Fluxo Automatizado de cartas, do Rio de Janeiro. O projeto prevê o cadastramento dos dados necessários para o envio da correspondência, que serão enviados e armazenados em um banco de dados central. Em seguida, eles serão inseridos em um código de barras para facilitar a identificação de cartas com erros ou com maiores prioridades. 

INTEGRAÇÃO - O Desafio SENAI de Projetos Integradores existe desde 2015 e busca desenvolver a cultura de empreendedorismo inovador nos alunos e docentes e a capacidade de resolução de problemas reais das indústrias. O gerente-executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI Nacional, Felipe Morgado, explica que as empresas devem trazer cada vez mais esses problemas pro SENAI. "Eles serão analisados e, de acordo com seu nível de complexidade, serão solucionados por alunos dos cursos técnicos ou de aprendizagem", conta.

SAIBA MAIS  - Além do Desafio de Projetos Integradores, a instituição possui outra competição destinada a incentivar a inovação e o empreendedorismo de seus alunos, o INOVA SENAI. O objetivo, porém, é desenvolver produtos que não existam no mercado, alguns com potencial de gerarem novos negócios.

Um exemplo é o projeto premiado com a medalha de ouro em 2016, ao final da 9ª edição da Olimpíada do Conhecimento, um acessório que adapta a máquina de costura industrial para ser controlada pelas mãos ou antebraços do trabalhador, no lugar dos pés. O produto está prestes a virar realidade em uma linha de produção têxtil da indústria de lingerie Duzani, localizada na cidade de São Sebastião do Paraíso, interior de Minas Gerais.

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