SENAI promove acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência

Presidente da CNI participou da solenidade de abertura de seminário realizado pelo TCU e SENAI. Evento terá dois dias de debates e oficinas sobre igualdade de oportunidades

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou nesta quarta-feira (20) que o Brasil tem evoluído de forma significativa quanto à conscientização e responsabilidade com relação às pessoas com deficiência. Ele integrou a mesa de abertura do Seminário Internacional de Acessibilidade e Inclusão: expressão da cidadania, realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
 
De acordo com Robson Andrade, as escolas do SENAI têm se destacado por ações de acessibilidade. “Para as pessoas com deficiência, em fase de habilitação e trabalhadores em fase de reabilitação, o SENAI oferece uma escola inclusiva, que promove a acessibilidade, favorece a permanência e o sucesso dos alunos no mercado de trabalho”, destacou.
 
As escolas do SENAI são preparadas e equipadas para receber alunos com deficiência e contam com cursos de educação profissional adaptados às necessidades de todos. Segundo o presidente da CNI, os profissionais da instituição são treinados para lidar com cada especificidade, principalmente física, intelectual, psicossocial, auditiva e visual.
 
“Isso é possível porque realizamos o Programa SENAI de Ações Inclusivas, o PSAI, que tem por objetivo promover o acesso, a inclusão e a formação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade pessoal e social. O PSAI atende a diferentes grupos com o objetivo de promover condições de equidade, que respeitem a diversidade do ser humano”, disse Andrade.

"Já capacitamos quase 200 mil pessoas com deficiência” - Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI

CAPACITAÇÃO - O diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, ressaltou que o SENAI é uma das instituições brasileiras com maior participação na capacitação das pessoas com deficiência no Brasil. “Já capacitamos quase 200 mil pessoas com deficiência e ainda é pouco”, detalhou Lucchesi, antes de observar que 75% das pessoas capacitadas pelo SENAI conseguem colocação no posto de trabalho no primeiro ano pós curso.
 
“Temos que refletir e discutir mais sobre políticas para pessoas com deficiência e os desafios para a implementação de políticas inovadoras, mas sobretudo é preciso que tenhamos um senso de cultura, de reflexão, de atitude e comportamento na sociedade”, aconselhou Lucchesi.
 
Participam do seminário o presidente do TCU, Raimundo Carreiro, o vice-presidente do TCU, José Múcio, o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Sérgio Caribé, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), entre outras autoridades. Um dos presentes no evento foi o ex-goleiro da Chapecoense Jackson Follmann, sobrevivente do acidente aéreo que tirou a vida da maior parte dos jogadores do time catarinense em novembro do ano passado. “Estou vivendo esse outro lado. Ajudar o próximo é muito prazeroso. Eventos assim são importantes para conhecermos ações de inclusão e para a promoção do respeito”, afirmou o ex-jogador, que teve parte da perna direita amputada após o acidente com o avião que levava o time da Chapecoense para a Colômbia.
 
O EVENTO – O seminário terá programação de dois dias e se estenderá até esta quinta-feira (21), com oficinas e debates sobre os caminhos para potencializar a promoção da igualdade de oportunidades das pessoas com deficiências. Os visitantes também podem participar de atividades interativas no espaço D+eficiência para a Indústria e conhecer o Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) que, em dez anos, formou mais de 180 mil pessoas com deficiência em cursos de educação profissional.
 
O SENAI também realiza oficinas de panificação, costura, tecnologias assistivas, adequação de materiais, informática, entre outras, em que pessoas com deficiência interagem com outros profissionais e oferecem ao público uma mostra de respeito à diversidade e inclusão em diferentes realidades do trabalho. Além disso, profissionais do SENAI com deficiência farão demonstrações com os visitantes da linguagem brasileira de sinais (Libras) e de braille.

Relacionadas

Leia mais

É preciso repensar a energia no país
Mostra de moda do SENAI apresenta peças inclusivas e sustentáveis
SENAI forma campeões, diz competidor da Stock Car

Comentários