Governo apresenta projeto do Plano Nacional de Logística (PNL) para empresários na CNI

PNL estima R$ 132 bilhões em investimentos para logística de transportes até 2025. Empresa de Planejamento e Logística abrirá consulta pública para contribuições dos setores ao plano

A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e a Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal apresentaram nesta quarta-feira (27) para o Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) a primeira versão do Plano Nacional de Logística (PNL). Na segunda semana de outubro, a EPL abrirá consulta pública para contribuições do setor produtivo e da sociedade ao plano. De acordo com o diretor-presidente da EPL, José Carlos Medaglia, há necessidade de investimentos de R$ 132,6 bilhões na logística de transportes até 2025.

Os investimentos na área rodoviária seriam distribuídos da seguinte forma: R$ 92,7 bilhões em rodovias não concedidas (13.257,8 km) e R$ 37,3 bilhões em rodovias concedidas (4.911,2 km). “O Plano Nacional de Logística tem por objetivo apresentar o diagnóstico e as proposições de investimentos para melhoria da eficiência da infraestrutura e logística de transportes do país. Temos hoje 2,3 trilhões de toneladas circulando no Brasil”, destacou Medaglia, durante a reunião do Coinfra.

O presidente do Coinfra, Olavo Machado Junior, alertou que o setor privado tem muito a contribuir para o desenvolvimento da infraestrutura brasileira. “Precisamos construir um país mesmo sabendo de todas as dificuldades. Não se faz desenvolvimento se nós não temos coragem de mudar”, disse.

O secretário de Articulação de Políticas Públicas do PPI, Henrique Amarante Costa Pinto, afirmou que o foco do programa é trazer cada vez mais investimentos privados para a infraestrutura brasileira. Segundo ele, o governo está convencido de que somente à iniciativa privada terá condições de levar eficiência à infraestrutura nacional. Ele observou que, para isso, é fundamental que os próximos governos deem continuidade aos projetos do PPI. “No setor de logística, sentimos falta de um planejamento de longo prazo, com informações técnicas e estudos profundos para balizar políticas e mobilizar o mercado. Infraestrutura requer planejamentos de longo prazo”, frisou.

Segundo Amarante, o PPI qualificou um total de 146 projetos para serem concedidos ao setor privado, sendo que até a semana passada 49 haviam sido leiloados ou renovados, o que representa 34% da carteira do PPI em um período de 14 meses.

NOVOS LEILÕES - Nesta quarta, novos empreendimentos foram leiloados no âmbito do PPI. Na lista, estão quatro usinas hidrelétricas operadas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig): Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande. O leilão rendeu R$ 12,13 bilhões em arrecadação para o governo. No setor de óleo e gás, o governo leiloou hoje blocos exploratórios e arrecadou um total de R$ 3,8 bilhões.

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