Gratidão foi a palavra mais usada pelos empresários da construção civil e movelaria presentes na inauguração da Escola SENAI da Construção, realizada na manhã desta quinta-feira (27), em Campo Grande (MS). Para eles, a unidade será responsável por uma verdadeira revolução tecnológica, conferindo a tecnologia e a inovação necessárias para alavancar os segmentos no Estado.
O presidente do Sinduscon MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, ressaltou que a Escola do Senai é uma demanda antiga do segmento e que representa, sobretudo, um presente para o desenvolvimento de Campo Grande e do Estado como um todo. “Pleiteamos a construção dessa escola há pelo menos 10 anos. Agora, por meio desta estrutura, conseguiremos o que o segmento tanto precisa, que é qualificar o profissional, de forma a atender melhor a sociedade, com produtos de melhor qualidade, com prazos menores e custos justos”, declarou.
O empresário Juarez Falcão, presidente do Sindimad MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria de Móveis em Geral), elogiou a localização e os equipamentos da Escola. “São máquinas de primeiro mundo que, junto com o corpo docente, oferecerão o que há de mais moderno no tocante à marcenaria. A partir de agora, teremos uma estrutura de qualificação que se compara ao que existe em São Paulo e Rio Grande do Sul, entre outros grandes centros”, afirmou.
Já Natel Henrique Farias de Moraes, presidente do Sindicer MS (Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Mato Grosso do Sul), encarou a inauguração da Escola Senai da Construção como um alento para o alto índice de desemprego registrado no Estado. “A escola representa a garantia de qualificação de mão de obra na construção civil. Durante um período, na época em que o segmento deu uma alavancada, nós registramos um grande déficit na oferta de mão de obra e isso fez com que as obras tivessem até um pouco de atraso de entrega. Perdemos grandes empresas que poderiam ter vindo para cá. Com a escola, esse problema vai ser suprido. É um grande investimento, uma grande conquista do setor.
O empresário Kleber Luiz Recalde, que também é diretor da Fiems e integrante da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), contou que a primeira meta que estabeleceu quando se tornou diretor da Fiems foi viabilizar uma escola da construção no Estado. “A modernização da indústria pressupõe profissionais qualificados que tenham a visão do momento e do futuro do setor. Isso aqui, dentro do Mato Grosso do Sul, será uma grande semente de transformação, de mudança que nós esperamos para a construção civil. Eu sonho com uma indústria da construção civil moderna, de vanguarda e com todas as inovações que a sociedade merece e precisa”, declarou.
Também empresário da construção civil e vice-presidente da Fiems, Alonso Resende do Nascimento corrobora a tendência de valorização da mão de obra local. Ele acrescenta que até mesmo o custo final das obras será reduzido com mais mão de obra qualificada disponível no mercado. “Durante muito tempo, o empresário operou com uma margem de lucro muito pequena. Além da remuneração regular, tinha de arcar com transporte, alimentação e moradia do trabalhador trazido de fora. Agora, essa situação deve mudar. A Escola da Construção vai qualificar a mão de obra não só para suprir demanda, como vinha acontecendo, mas a longo prazo”, apostou.