SENAI cria espaço inovador para formação profissional de estudantes em Santa Catarina

Alunos terão novo ambiente que rompe com o formato tradicional da sala de aula, no qual irão desenvolver projetos com problemas reais demandados pelas indústrias da região de Jaraguá do Sul. Objetivo é estimular capacidades cognitivas e habilidades sociais e de gestão.

Área passa a contar com mais de 2 mil metros quadrados e inclui laboratório voltado à construção civil

O SENAI de Santa Catarina entregou nesta segunda-feira (12) a ampliação de sua unidade em Jaraguá do Sul para a oferta de uma proposta inovadora para a formação profissional e um laboratório voltado à construção civil. A solenidade foi conduzida pelo presidente da FIESC, Glauco José Côrte, e pelo vice-presidente regional da entidade, Célio Bayer.

Com dois blocos, a área possui um total de 2.044 metros quadrados e contou com um investimento de mais de R$ 5,4 milhões. O primeiro bloco será destinado a uma proposta que rompe com o formato tradicional da sala de aula, compondo-se de ambientes únicos que favoreçam o processo de ensino e de aprendizagem. O objetivo é desenvolver capacidades cognitivas e habilidades sociais e de gestão por meio de projetos com problemas reais demandados pelas indústrias da região. Para viabilizar este projeto, o SENAI contou com a parceria das empresas Marisol, Proma, Minipa, Festo, Indumak, Audaces, Duas Rodas e Sol Paragliders.

“Estamos inovando em SC com a criação de espaços onde recebemos nas instalações do SENAI diversos segmentos industriais de empresas de relevância, o que vai possibilitar aos nossos alunos ter um conhecimento ampliado, tanto cognitivo como socioemocionais das diversas atividades industriais exercidas aqui na região”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. “O objetivo é aproximar o estudante da indústria, não só para que tenha uma formação mais ampla, mas também para que se sinta motivado a trabalhar na indústria após a conclusão do seu curso”, disse.

CONSTRUÇÃO CIVIL - No segundo bloco foi estruturado o Laboratório de Edificações, voltado à qualificação dos trabalhadores da indústria da construção civil. O espaço, reivindicado pela indústria da construção na região, permitirá atender as demandas e aumentar a competitividade deste segmento produtivo, a partir de atividades práticas das diversas modalidades dos cursos ofertados pelo SENAI. Profissionais formados nesta área estão habilitados para realizar tarefas diretamente ligadas aos diversos projetos de obras civis, como construção e modificação de prédios, galerias e dutos, além de pesquisar dados de campo e cooperar na elaboração de plantas arquitetônicas.

O vice-presidente da FIESC para a região do Vale do Itapocu, Célio Bayer, salientou que “o espaço apresenta um conceito de educação colaborativa, inovadora e significativa, que já não é uma proposta de educação para o futuro, mas uma necessidade atual do setor industrial”. Ele destacou a relevância do laboratório de edificações, tendo em vista a importância do setor da construção civil para a geração de empregos na região.

O diretor regional do SENAI, Jefferson de Oliveira Gomes, lembrou que “nove empresas da mesma cidade se uniram ao SENAI para promover uma educação de significado, que integra este mundo novo que estamos vivendo; se mantivermos o modelo tradicional de educação, não vamos obter sucesso”. Ele citou que em quatro décadas o SENAI em Jaraguá do Sul já qualificou cerca de 250 mil pessoas.

Representando as empresas que integram a iniciativa, Giuliano Donini, da Marisol, observou que “a capacidade interpessoal de relacionamento, vivenciada neste ambiente acadêmico, é um desafio que enfrentamos dentro das próprias empresas. Aqui se reproduz a realidade do próprio ambiente das empresas, onde o trabalho é feito de forma coletiva e colaborativa entre as distintas áreas”. Donini destacou ainda que “os professores têm um desafio novo, de se tornarem parceiros e orientadores dos alunos, assumindo uma nova postura”.

O prefeito Antídio Aleixo Lunelli disse que “o investimento que o Sistema S faz no capital humano é de extrema importância diante da dispersão de valores que temos visto todos os dias”. Já o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Carlos Chiodini, classificou a iniciativa de participação das empresas na formação profissional como um “instrumento de desenvolvimento”. 

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