6 estudantes contam por que o SENAI faz diferença no currículo

Alunos e ex-alunos contam como passar pela instituição mudou a forma de ver o mundo e o mercado de trabalho. Referência mundial quando o assunto é educação profissional, o SENAI já foi apontado pela ONU como uma das principais instituições educacionais do hemisfério Sul

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) possui o maior complexo de educação profissional das Américas e é referência na área em todo o mundo. Mas nada melhor que ouvir dos próprios alunos e ex-alunos a mudança provocada em suas vidas graças ao ensino da instituição. A chance de conseguir um futuro melhor ou fugir da crise vem de várias formas, pode ser um alicerce para a carreira de quem está começando, um incentivo a jovens empreendedores ou mesmo uma oportunidade de inserção em um mercado novo para um imigrante, por exemplo. A Agência CNI de Notícias conversou com seis alunos e ex-alunos do SENAI de diferentes regiões do Brasil. Veja o que eles falaram sobre a instituição:  

1. Um novo começo

“O que o SENAI faz com o nosso comportamento para o mercado de trabalho, ensinando a prática além da teoria, nenhuma faculdade faz” - Gloriane Ainable Antoine, haitiana, 34 anos.

Gloriane chegou a Manaus em 2012 após sobreviver ao terremoto que devastou seu país dois anos antes. Por meio do Programa SENAI de Ações de Inclusão (PSAI), os estrangeiros que eram recebidos e completavam um curso básico de português poderiam ingressar gratuitamente em qualquer outro curso de iniciação ou de qualificação profissional. 

Ela fez vários cursos na área de alimentos e construção civil até que, influenciada pela crise econômica, resolveu abrir seu próprio negócio. Com a ajuda de funcionários do SENAI, conseguiu os registros necessários junto à prefeitura de Manaus para montar uma banca para vender comida. 

2. Preparando vencedores 

"Eu costumo dizer que a educação profissional vai além de um pontapé inicial, é um alicerce. O ensino técnico te dá um norte. Se unir fazer o que ama, com dedicação, dá um ótimo casamento” – Rodrigo Ferreira Silva, carioca, 26 anos.

Rodrigo fez curso de qualificação profissional em Joalheria no SENAI. Ele conta que, à época, ele morava no complexo da Maré e chegou a perder algumas aulas por conta de tiroteios na região. Mesmo com as dificuldades, ele se destacou rapidamente e logo começou a participar de competições como a Olimpíada do Conhecimento, na qual foi medalha de prata. No ano seguinte, conquistou vaga para a WorldSkills (o mundial de ensino técnico), em Londres, e lá foi consagrado o melhor profissional de Joalheria do mundo. Hoje o jovem é dono de uma oficina de joalheria em São Paulo e também é instrutor do SENAI, onde prepara novos estudantes. 

3. Atenção personalizada

“Pacientemente, os professores me davam uma atenção maior para eu conseguir acompanhar as instruções”- Romário da Silva Feio, amapaense, 22 anos. 

Romário nasceu com uma deficiência visual grave e conta que sempre contou com o cuidado dos profissionais do SENAI para se destacar e terminar seus cursos de técnico em Mecânica Industrial e o de Aprendizagem Industrial de Padeiro e Confeiteiro. Com as aulas no SENAI, foi aprendiz na Companhia de Água e Esgoto do Amapá, mas ele quer ir além. Acostumado a superar barreiras e dificuldades, pretende abrir o próprio negócio na área de alimentos. “Quero atuar como pizzaiolo, além de me formar em Engenharia de Alimentos”, planeja.

4. Expandindo horizontes 

“Esse projeto faz a gente querer estudar e aprender cada vez mais. Os professores preparam a gente para trabalhar também. Essa é a melhor parte, trabalhar em grupo, ter atividades dinâmicas em vez de ficar só em aulas teóricas. As aulas são diferentes.” – Marcela da Silva Simão, catarinense, 16 anos.

Marcela é aluna do projeto piloto CONECTE, uma iniciativa do SENAI e do SESI que alia o ensino médio tradicional com um curso técnico. Atualmente o novo modelo está em funcionamento em algumas unidades de Santa Catarina e a resposta dos alunos é muito positiva. Marcela ressalta a qualidade do ensino, que considera ser mais exigente. “As aulas preparam a gente para o futuro. O SENAI dá aulas com foco no mercado de trabalho, ensinando sobre como agir dentro de uma empresa, em apresentações de trabalho e temos até uma disciplina de gestão de pessoas”, completa.

5. Porta de entrada no mercado

“O SENAI foi um divisor de águas. A gente entra no curso e tem uma certa garantia que não vai ficar de fora do mercado de trabalho” – Almir Junior Teles de Anápolis, 31 anos. 

Almir fez o curso de Química Industrial na Faculdade SENAI Roberto Menge, em Anápolis. Pela presença forte de indústrias na região, há muitas vagas para egressos do SENAI. Ao término da graduação, ele começou a trabalhar na área em que atua até hoje, mas agora como dono de uma empresa de produtos sanitários. 

6. Foco na inovação 

“O SENAI está sempre aberto para desenvolver projetos, como os do Inova SENAI. Então você tem muita informação e sente o apoio deles para o que precisar". Charles Morais Souza, de São Sebastião do Paraíso (MG), 17 anos. 

Charles fez o curso de aprendizagem em Processos Logísticos e integrou o grupo de estudantes e docentes do SENAI de Minas Gerais, idealizadores do acelerador manual de máquina de costura, ideia que está em processo de patenteamento e tem potencial para aumentar a produtividade do setor têxtil. A ideia ganhou medalha de ouro como “processo inovador” dentro da mostra Inova SENAI 2016. A iniciativa tem como objetivo principal desenvolver a capacidade empreendedora, a criatividade e o raciocínio, por meio do desenvolvimento de projetos de inovação desde a concepção, planejamento, execução e apresentação para possíveis clientes.

Relacionadas

Leia mais

VÍDEO: Veja como o SENAI está mudando a vida dos brasileiros
SENAI e SESI trabalham pelo desenvolvimento da indústria e do Brasil
VÍDEO: Estágio beneficia estudantes e empresas

Comentários