Presidente da CNI e rei da Suécia debatem oportunidades de negócios entre os dois países

Durante o Fórum Empresarial Brasil-Suécia, a CNI apresentou a 60 empresários brasileiros e suecos os avanços do cenário político e econômico do Brasil. Presidente Michel Temer encerrou o encontro

Robson Braga de Andrade e Carl XVI Gustaf durante o Fórum Empresarial Brasil-Suécia

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, se reuniu nesta segunda-feira (3) com o rei da Suécia, Carl XVI Gustaf, e com 60 empresários brasileiros e suecos, durante o Fórum Empresarial Brasil-Suécia. O encontro, realizado no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, é uma parceria da CNI com sua congênere Business Sweden. O objetivo é a melhoria do ambiente de negócios, o aumento do fluxo de comércio e de investimentos e a construção de parcerias estratégicas entre os dois países. O presidente da República, Michel Temer, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, encerram o Fórum na noite desta segunda.
 
“O Fórum é um importante estímulo para aprimorarmos as relações econômicas entre nossas nações. Há grande potencial para elevar o fluxo bilateral de investimentos e de comércio por meio do aperfeiçoamento do ambiente de negócios e da construção de parcerias estratégicas, com ganhos de ambos os lados”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
 
O rei destacou que o Brasil é hoje o principal parceiro da Suécia na América do Sul. “Espero que essa reunião de hoje gere muitas parcerias futuras e oportunidades comerciais”, disse Carl XVI Gustaf.

O presidente da República, Michel Temer, que encerrou o encontro, destacou que é importante estreitar a relação entre os dois países. "Nosso comércio tem espaço para crescer. Os investimentos de lado a lado têm potencial para expansão. Rumamos na direção de um intercâmbio ainda maior e melhor."
 
A CNI apresentou aos representantes do governo e do setor privado sueco avanços do cenário político e econômico brasileiro, que podem melhorar o ambiente de negócios, simplificar o sistema tributário, restaurar os fundamentos macroeconômicos e promover avanços nas áreas de infraestrutura, logística, energia e tecnologia.

O diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, destacou pontos positivos como a criação de teto para o crescimento dos gastos públicos, a aprovação da regulamentação da terceirização e o início dos debates sobre a reforma da Previdência. “Estamos com um conjunto importante de reformas em curso”, resumiu Fernandes.
 
RELAÇÕES BILATERAIS – Em 2016, a Suécia foi o 41º principal parceiro comercial brasileiro, com participação de 0,5% na corrente de comércio do Brasil. As exportações do Brasil para a Suécia somaram US$ 514,5 milhões, com aumento de 2,19% frente a 2015. Os manufaturados representaram 24,4% dessas exportações, significando um aumento de 0,3% em relação a 2015. Por sua vez, as importações somaram US$ 972,41 milhões, com redução de 15,62% em comparação com 2015.
 
De acordo com estatísticas do Banco Central, o estoque de investimentos suecos no Brasil foi de US$ 2 bilhões em 2014, seguindo uma tendência de queda. O investimento brasileiro no país acumulou estoque de US$ 1,4 bilhão em 2014. “Há grande potencial para elevar o fluxo bilateral de investimentos e de comércio e fortalecer iniciativas de cooperação em áreas diversas, com ganhos positivos para ambos os lados”, afirmou Robson Braga de Andrade.

PROPOSTAS DA CNI - Entre as medidas defendidas pela confederação para impulsionar o comércio e os investimentos, estão:

01. Celebrar um acordo de Previdência Social para evitar contribuição simultânea aos dois sistemas previdenciários e, com isso, aumentar a internacionalização de empresas de ambos os países.

02. Ampliar e aprofundar a cooperação na área de tecnologia e inovação que conta com a participação do Sistema Indústria (CNI, SESI, SENAI e IEL). O SENAI é membro fundador do Centro Brasil-Suécia de Pesquisa e Inovação. Essas parcerias são fundamentais para fortalecer as redes bilaterais de cooperação em pesquisa e desenvolver setores tecnológicos, propiciando inovações na indústria brasileira.

03. Explorar áreas de pesquisa conjunta, por meio dos Institutos SENAI de Inovação, principalmente em áreas como internet das coisas, mobilidade urbana, modelagens físicas e matemáticas, automotiva, óleo e gás, engenharia civil e saúde.

04. Tornar vigente o Acordo-Quadro sobre Cooperação em Matéria de Defesa, de 2014, e o Acordo sobre Troca e Proteção Mútua de Informação Classificada, também de 2014. Ambos aguardam aprovação no Congresso Nacional e poderiam impulsionar parcerias comerciais e industriais, tendo em vista disposições referentes à proteção de contratos e cooperação.

05. Promulgar o Memorando de Entendimento sobre Cooperação na Área de Bioenergia, incluindo biocombustíveis, firmado em 2007, e aprovado pelo Congresso em 2009.

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