Parcerias entre setores público e privado são fundamentais para a infraestrutura no país

Presidente da CBIC defendeu financiamento privado do setor durante reunião do Conselho de Infraestrutura da CNI. Conselheiros também debateram a geração de energia distribuída no Brasil

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou nesta quarta-feira (26) que é fundamental que o país amplie a participação do setor privado no financiamento da infraestrutura, área imprescindível para a retomada do crescimento econômico brasileiro. Ele observou que os governos chegaram a uma situação tão profunda de falta de recursos que não conseguirão investir e estruturar a infraestrutura sem a parceria com a iniciativa privada.

Presente à reunião do Conselho Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria, realizada na CNI, em Brasília, José Carlos Martins alertou que a CBIC tem desenvolvido projetos em conjunto com ministérios e outras instituições para capacitar prefeituras na elaboração de projetos que darão acesso a financiamentos. Todos os programas, segundo ele, têm aderência com políticas do governo para a área de infraestrutura, como o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

ENERGIA - Outro tema abordado na reunião foi a geração distribuída no Brasil. Na avaliação do conselheiro do Djalma Bastos, algumas regras definidas recentemente deram segurança para que o empresariado passasse a investir no modelo para obter abatimentos nas suas contas de energia elétrica.

A chamada geração distribuída permite que consumidores instalem em casa, na indústria ou no comércio pequenas usinas geradoras de energia para o consumo próprio, por meio de sistemas fotovoltaicos e eólicos, entre outros modelos. Quando há excedente de produção, a energia pode ser vendida para a concessionária. “A geração distribuída é um passo para reduzir o custo da conta de luz. O empresário quando vê regras definidas, ele investe”, destacou Bastos.

Para o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Fonseca, no entanto, a forma como a geração distribuída está regulamentada não é sustentável. Segundo ele, o produtor dessa energia fica isento de encargos setoriais e tributos, o que acaba por onerar os demais consumidores que não produzem energia própria.

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