Empresários discutem medidas para ampliar integração comercial de países das Américas

Noventa líderes empresariais de 22 países participaram, entre os dias 7 e 10 de abril, em Nassau, nas Bahamas, da Reunião Anual 2016 do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Noventa líderes empresariais de 22 países participaram, entre os dias 7 e 10 de abril, em Nassau, nas Bahamas, da Reunião Anual 2016 do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). No evento, eles discutiram o documento Diálogo à Ação: Recomendações de políticas e propostas de alianças público-privadas , que aponta 30 medidas para a integração do continente e aumento da produtividade.

O documento foi produzido pelo Diálogo Empresarial das Américas, grupo criado em 2012 para defender os interesses do setor privado junto aos governos do continente. As medidas apontadas estão divididas em quatro temas: infraestrutura e comércio, recursos financeiros, empreendedorismo e capital humano e recursos naturais e energéticos.

As medidas mais importantes que os governos devem adotar para estimular o crescimento econômico da região são:

- Incentivar os investimentos em infraestrutura em toda a região;
- Implementar reformas de facilitação do comércio para melhorar os procedimentos de alfândega e nas fronteiras;
- Implementar políticas e iniciativas para facilitar o comércio de serviços.

Para a economia da região continuar crescendo, estas são as medidas mais importantes que os governos devem levar em consideração:

- Promover o investimento de mercados de capitais;
- Incentivar a inclusão financeira;
- Assegurar a coordenação política.

O rápido desenvolvimento de economias baseadas no conhecimento destacou a importância crescente de inovação e de criatividade como fonte de competitividade e crescimento a longo prazo. Por outro lado, existe um amplo consenso acerca da importância do capital humano como fator que também alimenta o crescimento econômico por meio do aumento de produtividade. Para continuar neste processo, o governo deve:

- Facilitar políticas de incentivo à inovação;
- Criar alianças público privadas para estimular a inovação.

A energia e os recursos naturais se encontram no coração da economia da América Latina e do Caribe. Cada período de crescimento econômico da região está ligado aos investimentos na área. Estas são algumas atitudes que o governo deve assumir:

- Proporcionar estabilidade em políticas extrativas;
- Utilizar os recursos de forma efetiva e inteligente.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) é um dos representantes do grupo no Brasil e se comprometeu a abrir um canal de diálogo com o setor público para assessorar e trazer melhores resultados para o desenvolvimento da região. O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI , Carlos Abijaodi, participou do encontro em Nassau. Para ele, o documento facilita a conversa com o setor público por ser uma forma palpável para se guiar o diálogo com o governo.

Segundo Abijaodi, uma das medidas que a CNI assume é justamente desenvolver grupos de trabalho com representantes do governo brasileiro para facilitar o comércio com o exterior. A Confederação tem trabalhado para que o Brasil aceite a implementação do Acordo de Facilitação do Comércio (AFC) para ampliar as negociações com mercados de outros países das Américas.

O evento contou com a participação de líderes dos setores econômico e financeiro. Além de Carlos Abijaodi, a vice-presidente para as Américas da Câmara de Comércio dos EUA, Jodi Hanson Bond, e o presidente da Confederação Nacional de Instituições Empresariais Privadas (Confiep) do Peru, Martín Pérez Monteverde, também dirigiram o debate sobre as oportunidades e desafios para a próxima Cúpula das Américas em 2018, no Peru.

Diálogo Empresarial das Américas – O grupo surgiu na I Cúpula Empresarial das Américas, em 2012, onde líderes empresariais do continente se reuniram paralelamente à VI Cúpula das Américas. No evento, mais de 700 executivos e 13 chefes de estado discutiram as oportunidades atuais e futuras para o comércio e investimento na América Latina, o que resultou na necessidade de criar um mecanismo de comunicação empresarial com o governo com propostas inovadoras para o desenvolvimento econômico e social.

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