"Ao fechar uma negociação coletiva é importante ficar atento ao que está na parte submersa do iceberg", disse o consultor Daniel Violante, durante o Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) realizado na FIEPE dia 18 de agosto, alertando para a importância de se ter uma visão mais global não só durante o processo de negociação, mas o ano inteiro. O encontro teve como tema central a prática da negociação coletiva, o papel do negociador e todas as condições estruturais e ambientais que envolvidas no processo.
O programa contemplou, ainda, as ferramentas de apoio disponíveis para os sindicatos e exemplos de boas práticas. De acordo com o instrutor, que possui experiência em Relações do Trabalho no Brasil e exterior, a negociação coletiva requer reflexões importantes acerca do que se espera alcançar, o que as partes podem de fato negociar e alternativas caso não exista concordância entre os envolvidos.
"Deve-se pensar em negociação de forma mais ampla não restringindo apenas à pauta, definições e fechamento. É um momento, sobretudo, de construção de relações sindicais entre o patronal e laboral", orientou Violante. O PDA acontece desde 2007 e é desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com as federações do País, com o objetivo de fortalecer o associativismo.