Em tempos de celular com aplicativos como Whatsapp, Facebook, Twitter e outros que tanto tiram a atenção de estudantes dentro e fora da sala de aula, ensinar justamente por esses meios é uma solução para conquistar os jovens. E é assim que funciona o programa de ensino de inglês Conexão Mundo, desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com a ONG americana US-Brazil Connect .
No entanto, um grande diferencial do programa começa esta semana em diversos estados do país. É a segunda fase das aulas, dessa vez, de forma presencial. Na primeira etapa, em abril e maio, os mais de 2 mil alunos participantes da edição 2015 tiveram aulas pelas redes sociais com monitores (coaches) americanos direto dos Estados Unidos. Nesta semana e na próxima, 209 desses monitores desembarcam no Brasil para a etapa presencial. “Os alunos e monitores se conhecem apenas virtualmente. Agora é o momento da interação pessoalmente. Os brasileiros desenvolvem o inglês, enquanto os americanos mudam de vida, é uma experiência maravilhosa para eles”, explica a presidente da ONG US-Brasil Connect, Mary Gershwin.
Serão quatro semanas de aulas presenciais diárias, mesmo em época de férias escolares. Para Filipe de Lacerda, 13 anos, que está no 1º ano do ensino médio no SESI Gama, do Distrito Federal, a experiência compensa. “A gente se diverte muito. É bem melhor estudar assim que ficar só nos livros, naquelas aulas convencionais”, diz o Filipe, que mesmo ainda muito novo já pensa em estudar matemática nos Estados Unidos, Reino Unido ou até no Japão.Ana Flávia Bueno Lima, 17 anos, está no 3º ano do SESI Taguatinga, também no Distrito Federal. Ela explica que para a carreira que pretende seguir – medicina – o inglês é fundamental. Segundo Ana, o Conexão Mundo ensina de uma forma prática, o que facilita o aprendizado. Ouça clicando aqui.
FASES – Durante as quatro semanas da fase presencial, alunos participam de dinâmicas, jogos e simulação de situações comuns do mercado de trabalho. Em seguida, a 3ª etapa será novamente de aulas virtuais. Ao fim do programa, os alunos com melhor desempenho serão selecionados para participar de um intercâmbio de duas semanas nos Estados Unidos com tudo pago.
“O mercado de trabalho não é mais local, é global. Vai da cidade para o estado, do estado para o país e do país para o mundo. O inglês é a língua que as pessoas conversam nesse mundo do trabalho. E se você não tem inglês, sua capacidade de pesquisar é muito menor que a dos demais. A fluência do idioma é uma forma de se inserir nesse mundo global”, garante o diretor-adjunto de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sérgio Moreira.