Depois das seletivas regionais, 51 escolas particulares, oito públicas e um time de garagem de 18 estados participam do Torneio Nacional de Robótica FLL, organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI). Entre as 60 equipes, muitas são estreantes. Alguns times foram montados no fim do ano passado e estão mostrando que não estão de brincadeira.

Mesmo com pouco tempo de preparação, a equipe TREL aposta em um bom resultado na etapa nacional

É o caso da equipe TREL, da cidade de Cachoeira de Minas (MG). O grupo, formado por alunos da Escola Estadual Senador Bueno de Paiva, começou os trabalhos em setembro. A dedicação em poucos meses garantiu a vaga na etapa nacional. Para Caio de Oliveira Sena, 11 anos, um dos integrantes da equipe, o que era apenas um passatempo virou coisa séria. E o mais importante, Caio sabe que o aprendizado de hoje fará diferença amanhã. “Vai ajudar no meu futuro. Eu preciso da robótica para seguir com o meu sonho de ser engenheiro mecânico”, explica.

A maioria dos alunos da equipe Young Creators já faz planos de seguir nas carreiras ligadas à engenharias e tecnologias

Saímos do Sudeste e vamos para o Centro-Oeste conhecer um dos representantes do Mato Grosso. É a equipe Young Creators, do SESI de Várzea Grande/Cuiabá. A estudante Ana Liz Palombo Santiago, 11 anos, conta que toda a escola se envolveu na montagem do time em agosto do ano passado.

Para Ana, a partir daí a robótica facilitou a rotina de estudos e até a vida pessoal. “Além de ser super divertido, ajuda no raciocínio lógico, a fazer pesquisas, a buscar mais conhecimento e a trabalhar em equipe. É muito importante tanto para a aprendizagem quanto no emocional, ao ter contato com tanta gente de todo o Brasil”, finaliza.

Para a equipe X-G, a robótica não tem nada de complicado, é pura diversão e aprendizado

Do Centro-Oeste para o Nordeste. A equipe X-G, do Centro Educacional Integral Marcelino Champgnat, de São Luís, também participa pela primeira vez da etapa nacional do Torneio. Beatriz Rosário Silva, 14 anos, conta que já pretendia fazer mecatrônica quando a escola iniciou o projeto com a robótica em 2014. “A robótica nos ensina a ter mais disciplina e criatividade. Isso é importante para qualquer profissão”, explica.

E para quem acha que a robótica é coisa de outro mundo, Beatriz diz que é justamente o contrário. “No começo, eu ficava olhando os robôs e imaginando como seria fazer toda aquela movimentação. Mas a partir da prática, eu vi que é uma coisa muito fácil. E ainda ajuda no aprendizado principalmente da física e da matemática”, argumenta.

Com a robótica, Os Destemidos melhoraram o desempenho nas avaliações em sala de aula

De Campina Grande (PB), vieram Os Destemidos. Um time arretado, animado e pronto para os desafios da competição. Para o estudante Mizael Moreira Silva, 15 anos, o contato recente com a robótica diminuiu até a perda de notas. “A gente ia muito para a recuperação por causa das notas baixas. Agora, passamos a nos dedicar e a estudar mais”, conta.

A COMPETIÇÃO – O torneio é uma iniciativa do grupo Lego, da Dinamarca, e da organização americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), realizado em mais de 80 países. No Brasil, o SESI é o organizador oficial do evento. Nessa temporada, o desafio dos estudantes foi pesquisar e apresentar propostas inovadoras para aperfeiçoar o aprendizado, dentro e fora das salas de aula. O objetivo é fazer com que essa experiência criativa desperte o interesse das crianças e adolescentes para as carreiras de engenharia e tecnologia.

MULTIMÍDIA - Todas as fotos do evento estão no perfil da CNI no Flickr. Acompanhe a disputa também pelo Facebook, Instagram, e pelo perfil do Torneio no Snapchat: @roboticafll.

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