Conselho de Meio Ambiente da CNI discute mudanças climáticas durante reunião, em Rio Branco

"Temas discutidos na reunião do Coema são pontuais e urgentes, pois fazem parte da atual rotina da população e setor industrial local", afirma José Luiz Assis Felício, presidente da FIEAC em exercício

"Tudo que discutimos aqui sobre as mudanças climáticas é para que sejam criadas propostas de escape efetivas e que venham a ser consolidadas” - José Luiz Assis Felício

Mudanças climáticas, efeito estufa, sequestro de carbono e mecanismos de mercado foram alguns dos temas abordados durante a 16ª Reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coema) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na Regional Centro-Norte.

O encontro, o primeiro deste ano, foi realizado pela CNI e sediado na Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), em Rio Branco, nesta quinta-feira (12). A agenda continua amanhã (13) com uma visita técnica ao Complexo Industrial Peixes da Amazônia S/A.

Para o presidente da FIEAC em exercício, José Luiz Assis Felício, os temas discutidos na reunião do Coema são pontuais e urgentes, pois fazem parte da atual rotina da população e setor industrial local. “Hoje passamos pela maior cheia dos rios do nosso estado, que surpreendeu a todos. Então, todo assunto discutido aqui sobre as mudanças climáticas é para que sejam criadas propostas de escape efetivas e que venham a ser consolidadas”, disse.

O secretário executivo do Coema, Shelley Carneiro, explicou o objetivo do evento e falou das expectativas futuras. “Procuramos, aqui na nossa reunião, trazer primeiro aspectos regionais e, segundo, aspectos nacionais, para que a gente possa avançar nessas questões. É interessante que todas as áreas do governo, das universidades, enfim, de todos os saberes estejam envolvidas, compartilhando experiências e falando a mesma linguagem. O nosso ideal é começar a avançar nesse processo, para não ficar apenas no âmbito das discussões”, afirmou ele, que também é gerente-executivo de meio ambiente e sustentabilidade da CNI.

INTEGRAÇÃO – De acordo com o diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac), Pedro Luís Longo, o tema da reunião e os debates que se sucederam são de grande interesse público. "Instituições como o Imac têm o dever de participar ativamente. É dessas reuniões que saem ideias que podem, de alguma forma, contribuir para o nosso desenvolvimento sustentável”, ressaltou.

As expectativas em relação ao meio ambiente para os próximos anos foi um dos pontos levantados pela representante do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEAC e presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras (Sindusmad), Adelaide de Fátima Oliveira.

Como uma das pioneiras no manejo florestal, ela acredita que a união entre os setores público, privado, científico e povos da floresta podem fazer grande diferença.  “É uma alegria receber os empresários e presidentes dos sindicatos da casa e os pesquisadores. Espero que essa reunião possa trazer maior compromisso dos empresários da capital para a questão ambiental. Acredito que essa união será benéfica para todos”, concluiu.

SOBRE O COEMA - O Conselho Regional de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria é composto por representantes de associações setoriais e de federações estaduais das indústrias das regiões Centro-Oeste e Norte. Tem como objetivo discutir e propor estratégias relacionadas com questões de interesse do setor industrial e projetos legislativos da área ambiental; apresentar subsídios ao processo decisório dos órgãos diretivos da CNI relacionados com o posicionamento estratégico e a atuação da entidade na defesa de interesses da indústria brasileira; e ampliar a participação de setores representativos, organizações e associações do segmento industrial, buscando consolidar e uniformizar a ação de representação da CNI.

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