Os empresários vão estudar mecanismos para alcançar a segurança energética nos BRICS com projetos de energia acessível e sustentável

Se depender dos setores empresarias do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, as normas técnicas dos cinco países passarão a seguir um padrão internacional único. Essa foi uma das propostas do Conselho Empresarial dos BRICS durante a reunião, em Brasília, na segunda e terça-feira (9 e 10). “Vamos apresentar aos nossos governantes um conjunto de medidas para ampliar os laços econômicos, comerciais e de investimentos entre os cinco países. A harmonização de regras e a convergência regulatória são dois bons exemplos”, explica o presidente do Conselho Empresarial dos BRICS, o CEO da Marcopolo, José Rubens de La Rosa. 

O conselho formado por empresários foi criado em 2013, durante a 5ª Cúpula BRICS, em Durban, África do Sul. A ideia é fortalecer e promover o desenvolvimento econômico, do comércio, negócios e relações de investimento entre as comunidades empresariais dos países BRICS e garantir o diálogo regular entre empresários. 

Os representantes do setor empresarial também vão estudar mecanismos para alcançar a segurança energética na região dos BRICS com projetos de energia acessível, confiável e sustentável, além de defender a economia de baixo carbono. No documento a ser apresentado em julho para os chefes de estado, durante a Cúpula Presidencial em Ufa, na Rússia, o setor empresarial também pretende levar propostas de comércio em moedas locais, viagens de negócios, facilitação do comércio, logística e conectividade, investimentos e um pedido de aceleração para o início das atividades do novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS. 

Além do presidente do Conselho Empresarial do grupo e presidente da seção brasileira, José Rubens de la Rosa, participaram Sergey Katyrin, presidente da seção russa; Tulsi Tanti, presidente interino da seção indiana; Ma Zehua, presidente da seção chinesa; e Brian Molefe, presidente da seção sul africana do Conselho.