Associações empresariais do G-20 querem compromisso dos países com acordo climático em 2015

Trabalho enfatiza a necessidade de assegurar a oferta de energia sem prescindir da responsabilidade para com a mitigação das mudanças climáticas

A Coalizão B-20, entidade que representa 6,7 milhões de pequenas, médias e grandes empresas dos países do G-20, apresenta, nesta segunda-feira (22), um relatório com recomendações aos governos na área de energia. O documento propõe ações prioritárias para assegurar o suprimento energético a preços módicos e competitivos nas economias do grupo. 

Intitulado Recomendações da Coalizão B-20 sobre energia para a presidência da Austrália no G-20, o documento é o segundo da série de posicionamentos da entidade para 2014. O relatório revisita os desafios e oportunidades nesta área em rápido processo de evolução e aponta sete frentes para ações prioritárias. 

Lançado às vésperas da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre em Nova York (EUA), nesta terça-feira (23), o trabalho enfatiza a necessidade de assegurar a oferta de energia sem prescindir da responsabilidade para com a mitigação das mudanças climáticas. 

“Além de fazermos um chamado por energia sustentável a preços competitivos, incitamos os líderes do G20 a reunir vontade política para se compremeterem a mensurar, monitorar e relatar o controle e redução das emissões dos gases de efeitos estufa sob um novo e ambicioso pacto global, a ser selado em Paris, em 2015. O setor privado apoia ações de combate às mudanças climáticas e se compromete a fazer sua parte nesses esforços”, diz o presidente da Coalizão B-20, Perrin Beatty. 

O relatório reconhece a dimensão dos desafios enfrentados pelo mundo na área energética e salienta que os combustíveis fósseis continuarão a ter papel vital na matriz. A Coalizão B-20, no entanto, incentiva governos a buscar a diversificação de fontes de energia e a acelerar inovações para novas tecnologias e soluções em energia. Além disso, a comunidade empresarial reivindica aos poderes públicos o aumento da participação do setor privado em energia e frisa a necessidade de integração das políticas de competitividade às voltadas para o setor energético. 

“Ao firmar seus compromissos globais, governos nacionais devem consignar políticas nacionais e regionais custo-eficientes para encorajar o crescimento econômico e do emprego”, conclui Perrin Beatty. 

  Fortalecer e conferir transparência às estruturas públicas de governança e viabilizar maior envolvimento do setor privado na área de energia; 

•    Elevar competitividade e segurança da oferta como fatores prioritários na formulação de políticas de meio ambiente e energia; 

•    Permitir que cada fonte de energia exerça seu papel na matriz energética; 

•    Fortalecer a colaboração para pesquisa e inovações em energia; 

•    Racionalizar as estruturas de apoio a fontes de energia; 

•    Apoiar um acordo global abrangente, equilibrado e realista para o clima em 2015, em Paris, estabelecendo um roteiro claro para ação internacional com medidas para mitigação, adaptação, tecnologia, financiamento e suas formas de implementação.

SOBRE A COALIZÃO B-20 - A Coalizão B-20 agrega as principais associações empresariais das economias do G-20, reunidas na missão comum de endereçar formuladores de políticas do grupo como representantes de mais de 6,7 milhões de empresas de todos os portes e setores. 

Essa declaração foi emitida em Berlim, Brasília, Bruxelas, Buenos Aires, Istambul, Joanesburgo, Londres, Madri, Cidade do México, Nova Déli, Ottawa, Paris, Roma, Seul, Sidney e Washington DC pelos membros da Coalizão do B-20. 
 

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