Engenharia básica pode impulsionar indústria brasileira de petróleo

O fortalecimento da engenharia básica brasileira de projetos para a indústria de petróleo e gás é fator decisivo para o sucesso do setor, que passaria a ter maior índice de conteúdo local e daria maior incentivo às empresas nacionais

O fortalecimento da engenharia básica brasileira de projetos para a indústria de petróleo e gás é fator decisivo para o sucesso do setor, que passaria a ter maior índice de conteúdo local e daria maior incentivo às empresas nacionais. A afirmação é do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi. Ele participou nesta quinta-feira (21), do lançamento do livro "Construindo uma indústria nacional de petróleo offshore - a experiência da Noruega", no Rio de Janeiro. 

"Hoje a nossa maior necessidade é a engenharia básica. Os projetos atuais, mesmo das empresas exploradoras brasileiras, são quase todos feitos no exterior, por engenheiros que não conhecem o mercado brasileiro, os fornecedores que temos aqui", destacou Abijaodi. Segundo ele, isso faz com que as especificações dos projetos beneficiem as fornecedoras de peças e componentes, máquinas e equipamentos e também de serviços estrangeiras. 

Se houver uma política de privilegiar a engenharia básica brasileira do setor de petróleo e gás, não só as empresas exploradoras desses recursos naturais sairão ganhando, tendo os fornecedores mais próximos, como parceiros, mas também toda a cadeia produtiva, com mais oportunidades para as indústrias locais. "Podemos descobrir os recursos que temos aqui, além de articular mais inovações para aumentarmos a oferta de produtos e serviços", explicou Abijaodi. 

O diretor da CNI disse que a grande dificuldade para o fortalecimento dessa área é a educação no Brasil. "Ainda temos grandes dificuldades na formação de pessoal, tanto no nível básico quanto no mais avançado", reconheceu. " É preciso mudar isso, mas só com incentivos do próprio mercado é que as pessoas, os profissionais vão querer ir para essa area", afirmou. 

ENGENHARIA BÁSICA - O autor do livro, Helge Ryggvik, contou como foi importante para a indústria offshore da Noruega apostar na engenharia básica. "Foi fundamentalmente isso que possibilitou o crescimento da indústria, porque desenvolvemos profissionais, não somente os engenheiros mas também os profissionais de plataforma e outros, desenvolvemos uma indústria fornecedora e também contratos mais duradouros", disse Ruggvik. 

O livro, da editora Campus, foi lançado hoje em evento da CNI em parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no Rio de Janeiro. 

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