PDA orienta a como atender fiscais do trabalho

Capacitação busca apresentar as boas práticas de atendimento ao fiscal do trabalho, possibilitando a identificação de oportunidades de aprimoramento na gestão das relações trabalhistas na empresa

A visita de um fiscal do trabalho nas empresas é vista com maus olhos por muitos empresários. Pelo exercício de sua função, que é a de fiscalizar irregularidades no que diz respeito às normas reguladoras (NRs) previstas pelo Ministério do Trabalho, a presença do fiscal é tida como sinônimo de cobranças. Pensando em diminuir essa barreira, a FIEPA, por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), realizou nos dias 25 e 26 de junho, para empresários de Belém e Castanhal, o curso “Como Atender a Fiscalização do Trabalho?”.

De iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a capacitação busca apresentar as boas práticas de atendimento ao fiscal do trabalho, possibilitando a identificação de oportunidades de aprimoramento na gestão das relações trabalhistas na empresa, além de caracterizar o conjunto de normas, procedimentos e documentos relacionados à fiscalização do trabalho. Em Belém e Castanhal, 80 representantes de empresas e sindicatos, de diversos setores da indústria, participaram do curso.
“Esse curso é fundamental para conhecermos técnicas importantes de atendimento ao fiscal do trabalho e até perder o medo desse profissional, podendo agir com mais profissionalismo nessa relação comumente conturbada”, comenta a encarregada do departamento pessoal da Ebata, Fátima Namias.

Para a diretora social do Sindicato das Indústrias Madeireiras de Tailândia, Moju e Região (Sindimata), Sandra Pelegrini, ainda está faltando criar uma cultura de diálogos mais abertos entre empresas e fiscalização, para evitar estresses desnecessários de ambas as partes. “É necessário que falemos a mesma língua, isto é, que o fiscal esteja ciente da realidade das empresas e os empreendimentos sejam responsáveis com seus deveres e obrigações. Nesse sentido, essas orientações técnicas apresentadas durante o curso pode contribuir muito, e esse conhecimento pretendo repassar aos nossos filiados”, avalia Pelegrini.

Entre os pontos principais do curso, foram detalhadas as normas que regem as relações de trabalho e apresentado propostas para adequações impostas por essas regulamentações. Proprietário da Oficina Trevo, empresa que atua há 22 anos em Castanhal, Adilson Angelim diz ter aproveitado bastante a capacitação, especialmente pelo conhecimento que adquiriu em relação a algumas normas antes desconhecidas  por ele. “Muitas vezes deixamos de cumprir algumas normas por simples desconhecimento. As NRs são demasiadas, e, por conta disso, muitas delas acabam passando despercebidas, principalmente por nós, de pequenas empresas. Agora essa questão ficou mais clara e o objetivo é adequar as empresas nos aspectos onde ainda temos falhas”, considera Angelim.

Ministrando o curso por diversas federações do país, o consultor da CNI, Jorge Boucinhas, afirma que essas orientações práticas aos empresários podem trazer benefícios diretos ao desenvolvimento das empresas. Segundo ele, a dinâmica do curso comprova isso. “Nosso trabalho é prático, e quando avaliamos o comportamento desses empresários após o curso, percebemos, por meio de simulações, que a maneira com que eles se deparam com a fiscalização é muito mais equilibrada e consciente. Isso traz resultados diretos para todos os setores das empresas, já que estas se tornam mais abertas a mudanças e conscientes dos benefícios de estarem de acordo com as NRs”, avalia Boucinhas.

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