A empresa baiana Café Orgânico Natura Gourmet seguiu à risca o planejamento feito para atender a tão esperada alta na demanda durante os meses de junho e julho deste ano. O foco da produtora de café de Salvador são os turistas estrangeiros que vieram acompanhar a Copa do Mundo. “Ampliamos os estoques de grãos, investimos em novas embalagens e preparamos kits que contam com coadores de café e fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim. Estamos com boas expectativas, esperamos vender acima da média”, diz o produtor e um dos sócios, Luca Allegro. De acordo com o Ministério do Turismo, a capital baiana deve receber mais de 300 mil turistas durante o mundial de futebol.
A Natura Gourmet, que trabalha com a marca Latitude 13, produz grãos orgânicos selecionados. Além de inserir os produtos em um espaço montado pelo Sebrae para divulgar produtos regionais no Pelourinho - um dos pontos turísticos mais visitados de Salvador -, a empresa conta com duas cafeterias móveis no Aeroporto, que vendem café pronto, café moído e café em grão. Além disso, a grande novidade da Natura Gourmet para a Copa são embalagens com conceitos sustentáveis. “É um público exigente e que já conhecemos. Exportamos nossos cafés especiais há 12 anos”, afirma Luca Allegro. Segundo ele, os produtos são vendidos para Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Itália.
A conquista do mercado internacional se deu com a ajuda da Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A rede, presente em todo o país, desenvolve programas e ações para aprimorar a competência exportadora nas empresas.
Entre outras ações promovidas pela produtora de café baiana para dar maior visibilidade à marca, está a presença de um quiosque volante no amistoso entre Croácia e Austrália, em 6 de junho, e a inauguração de uma loja no Centro de Abastecimento Ceasa, conhecida como Ceasinha, no Rio Vermelho. O local reúne lojas de produtos agroindustriais e artesanato.
SOUVENIRS – Também interessada em ampliar os negócios com turistas estrangeiros, a empresa BSB Memo, de Brasília, adaptou um modelo de camiseta verde e amarela com o mapa do Brasil. Nela, o destaque é o avião representando a capital do país.
Segundo uma das sócias da empresa, Thatiana Dunice, a divulgação do produto está sendo feita em hotéis da cidade, letreiros e redes sociais. A BSB Memo possui apenas uma loja em Brasília. “Acreditamos que o morador, e também nossos clientes estrangeiros, muitos das embaixadas, queiram vestir a camiseta para assistir aos jogos e procurem outros produtos para presentear amigos e parentes que estão na cidade, já que os jogos coincidem com o período de férias”, explica Thatiana.
A BSB Memo produz souvenirs como camisetas, ímãs, postais e porta-copos. Devem ser fabricadas 260 unidades da camiseta especial para a Copa do Mundo, nas versões masculina, feminina e infantil. Mais de 490 mil turistas são esperados em Brasília nos dias de jogo. A cidade receberá sete partidas, das 64 que serão realizadas nas 12 cidades-sede.
ESTRATÉGIA PARA O PÓS-COPA - Aproveitando o megaevento esportivo no Brasil, a Ervateira São Mateus, do Paraná, decidiu investir na divulgação de um dos produtos mais conhecidos da região Sul: a erva-mate. Chimarrão, chá, óleos e essências para cosméticos são alguns dos itens com que a empresa trabalha. Tudo o que é produzido é exportado para Estados Unidos, Alemanha, Japão e Espanha. “Nós acreditamos que a demanda será maior depois da Copa, e não durante os jogos. Por isso, queremos fomentar as qualidades da erva-mate e associar a cultura do país a ela”, conta o diretor e sócio da ervateira, Ignacio Carrau Supparo. A capital paranaense deve receber mais de 164 mil visitantes até o fim de julho, segundo previsão do Ministério do Turismo.
De acordo com o professor doutor de Marketing da Universidade de São Paulo (USP) Marcos Campomar, a Copa do Mundo é considerada uma boa oportunidade para indústrias ampliarem os lucros com produtos de menor valor. “Pequenas e médias empresas que estão produzindo pequenas lembranças certamente serão as mais beneficiadas". Ouça clicando aqui.
CONHEÇA A REDE CIN – A Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios trabalha, desde 1998, pela internacionalização de empresas brasileiras por meio de serviços voltados ao aumento da competitividade. A Rede CIN agrega conhecimentos e competências acumulados por 27 Centros Internacionais de Negócios, sediados nas federações estaduais de indústria e do Distrito Federal. Nas federações, as empresas têm acesso aos produtos e serviços direcionados à sua atuação no mercado internacional. Procure a federação do seu estado para saber mais.
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