Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação apresentam agenda a novo ministro

Atualmente o país se encontra muito atrás dos países referência em inovação em relação a tempo médio para avaliação de pedidos de patente, com o Brasil levando 11 anos em média contra de 3 a 4 anos nestes outros países

“Nossa missão é reduzir a defasagem tecnológica em relação ao resto do mundo" - Clélio Campolina (esq)

O ministro Clélio Campolina, empossado há dois meses na pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação, esteve nesta sexta-feira (9) na reunião do comitê de líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. A ele, foi apresentada a agenda de propostas de aprimoramento de políticas públicas que estimulem atividades inovativas na indústria.

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O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressaltou a urgência de reaparelhamento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). “Atualmente, o INPI leva quase 11 anos, em média, para avaliar pedidos de patentes. Nós estamos muito atrás dos países de referência em inovação, que demoram entre três e quatro anos. Isso precisa mudar”, reforçou Braga de Andrade ao ministro.

O executivo da Klabin, Horácio Piva, falou sobre a necessidade de melhora na formação de recursos humanos. “Não existe possibilidade de fazer inovação sem pessoas qualificadas. Não adianta importar máquinas de última geração se não tivermos quem saiba operar. Nosso foco precisa estar na educação básica, no ensino profissionalizante e na graduação de engenheiros”, pontuou Piva.

Já o presidente da FIAT, Cledorvino Bellini, sintetizou o objetivo principal da MEI. “Aqui, ministro, temos uma mobilização real, concreta de empresários que se reúnem para pensar a inovação, estimular e fortalecer a competitividade do país”, disse.

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Receptivo, Clélio Campolina elogiou a iniciativa da MEI. “Sem parceria não tem solução. A MEI reflete maturidade política e institucional deste país. E isso está acima de eventuais divergências partidárias”, comentou o ministro, que também destacou que qualquer projeto de desenvolvimento de uma nação precisa estar baseado no tripé educação, ciência e tecnologia.

O ministro foi assertivo ao falar sobre a situação atual do Brasil. “Nossa missão é reduzir a defasagem tecnológica em relação ao resto do mundo. Essa é uma tarefa de longo prazo para aumentar nossa capacidade de competição”. Para ele, o Brasil precisa fazer parte do grupo de países que têm crescido por meio de inovação. Eu sou um planejador e temos que pensar a longo prazo, de forma conjunta, com políticas permanentes independentemente de posições de governo atual”, concluiu Campolina.

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