“Queremos convencer os jovens que a carreira técnica tem a mesma importância de uma carreira universitária" - Simon Bartley
Pela primeira vez em Brasília, nesta quarta-feira (26) o presidente da WorldSkills International, Simon Bartley, visitou o Congresso Nacional. A parlamentares, Bartley falou sobre as oportunidades que a maior competição de educação profissional do mundo proporciona a jovens estudantes. Ele também busca abrir espaço para a troca de informações entre especialistas em educação, líderes governamentais e setor produtivo.
O primeiro acerto já foi feito: realizar, em novembro, audiência pública com congressistas para discutir possíveis emendas para o orçamento do ano que vem, voltadas para o treinamento de competidores brasileiros. A próxima edição da WorldSkills Competition está marcada para a semana de 11 a 16 de agosto de 2015, no Parque Anhembi, em São Paulo.
No Senado, Simon Bartley foi recebido pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, senador Cyro Miranda (PSDB/GO). O presidente da WorldSkills estava acompanhado de Pedro Aloysio Kloeckner, gerente de Articulação Externa da Unidade de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e de Paulo Pandjiarjian, integrante da comissão organizadora da edição São Paulo 2015. "Creio que a função do WorldSkills seja disseminar informação sobre as várias possibilidades que o ensino profissionalizante traz para os jovens. Precisamos desse apoio para expandir o conhecimento sobre esse potencial", disse Miranda.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - Já na Câmara, o presidente da Comissão de Educação, deputado Glauber Braga (PSB/RJ) convidou Bartley para abrir a sessão do colegiado. "Nós, desta comissão, queremos ser parceiros desse evento, que busca impulsionar e consolidar o ensino profissionalizante no Brasil", afirmou o deputado.
O presidente da WorldSkills lembrou que a competição nasceu em 1950, em uma disputa entre estudantes de Portugal e Espanha. Atualmente, o evento conta com mais de 1.100 participantes de 69 países em 46 habilidades diferentes. Porém, a missão persiste. "Mais de 60 anos depois da primeira edição, queremos cada vez mais convencer os jovens que a carreira técnica, baseada na educação profissional, tem a mesma importância de uma carreira universitária. A competição reforça a nossa missão", explicou Simon Bartley.
Integrante da Comissão de Educação da Câmara, a deputada Fátima Bezerra (PT/RN) já esteve em duas edições da WorldSkills Competition – em Londres, na Inglaterra, e, no ano passado, em Leipzig, na Alemanha. "Esse tipo de iniciativa ajuda na democratização do ensino profissionalizante. Assim como o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), a WorldSkills é mais um instrumento para expandirmos o acesso à educação profissional no país", elogiou Fátima Bezerra.
DESEMPENHO BRASIL - No ano passado, na edição realizada em Leipzig, a delegação brasileira conquistou 12 medalhas, sendo quatro de ouro – um recorde. No ranking dos 53 países que participaram do torneio, o Brasil ficou em quinto lugar, com 52 pontos, atrás de Coreia (89), Suíça (73), Taiwan (65), Japão (56).
Para o ano que vem, a expectativa é grande. "Nós vamos, como na Copa do Mundo, ser os grandes campeões", profetizou o integrante da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Colbert Martins (PMDB/BA). "Então, teremos uma bela disputa. Mas bater os coreanos não será uma tarefa fácil", brincou Simon, lembrando que tão importante quanto vencer é trocar experiências e técnicas para aperfeiçoar o aprendizado.
Simon Bartley e Robson Braga de Andrade
WORLDSKILLS SÃO PAULO - À tarde, Simon Bartley esteve na sede da CNI para reuniões sobre a organização da edição brasileira do WorldSkills com o presidente Robson Braga de Andrade e o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi. Braga de Andrade aproveitou o encontro e o convidou para conhecer a Olimpíada do Conhecimento: etapa nacional da competição marcada de 31 de agosto a 7 de setembro deste ano, em Belo Horizonte (MG).
