Eles avaliam cada movimento dos robôs e a execução das tarefas no Torneio de Robótica First Lego League. São juízes criteriosos, que sabem muito bem como é participar dessa competição. E não é só pela experiência de avaliar o trabalho dos estudantes a cada torneio. É que alguns deles também já viveram o outro lado da disputa, quando eram competidores.
Foi assim com o acadêmico de Engenharia de Controle e Automação, Vinícius Milani, de 22 anos, que mora em São Caetano do Sul (SP). “Eu cresci nesse ambiente. Aprendi o que queria fazer da minha vida nessa competição”, disse Vinícius. Sempre muito curioso, desde pequeno o estudante queria entender como as coisas funcionavam e gostava muito dos brinquedos Lego. A história começou a se desenrolar nas aulas de robótica no interior de São Paulo.
Em 2004, Vinícius participou do primeiro torneio realizado no Brasil, com o tema Missão Marte (referente às missões espaciais ao planeta). Foi competindo nos anos seguintes até conquistar um terceiro lugar em projeto de pesquisa. Depois, em 2008, Vinícius se aventurou como técnico de equipe. Na posição, conseguiu classificação para a etapa nacional, a conquista do primeiro lugar em trabalho de equipe e o segundo lugar geral.
No ano seguinte sua equipe participou do mundial nos Estados Unidos e, num duelo com a China, conquistou o primeiro lugar. Apaixonado pela robótica, hoje Vinícius é juiz chefe de Design de Robô. Ele falou ao Portal da Indústria sobre a influência dessa tecnologia na vida pessoal e profissional dele. Ouça clicando aqui.
INÍCIO NA GARAGEM - Com o estudante do ensino técnico Ivan Seidel não foi muito diferente. Aos 11 anos a robótica entrou na vida do jovem capixaba. Na época, ele fazia parte de uma equipe de garagem, que treinava em casa mesmo, em Vitória. Mesmo assim, com dedicação e muito treino, em 2008, aos 13 anos, conquistou o primeiro lugar geral nacional.
Um ano depois, a viagem para a disputa nos Estados Unidos. Na volta, o primeiro lugar mundial veio na bagagem. Posteriormente, Ivan também foi técnico de equipe e hoje, aos 19 anos, se tornou juiz de mesa do torneio. “A robótica ajudou muito na minha formação profissional. É na FLL que a gente aprende a interagir. E, com isso, as portas do mercado também se abriram. Hoje faço consultorias, trabalho para a Lego Education, desenvolvo aplicativos. Tudo isso por causa da robótica”, concluiu.
TORNEIO DE ROBÓTICA FLL - O torneio foi realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em conjunto com os parceiros fundadores Lego e a organização americana First (For Inspiration and Recognition of Science and Technology). O tema deste ano foi Fúria da Natureza. Os estudantes montaram e programaram robôs para solucionar problemas ocasionados por desastres naturais, como avalanches, deslizamentos de terra, enchentes, tsunamis e tempestades.
MULTIMÍDIA - Acesse todas as fotos da disputa no Flickr da CNI e confira a cobertura completa do evento no Facebook do Torneio de Robótica.
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