Redução dos juros depende de controle dos gastos públicos, avalia CNI

Opção do Copom por mais um acréscimo de 0,5 ponto percentual, o sexto consecutivo desde maio de 2013, sinaliza fim do ciclo de aperto na política monetária

Diante do acelerado ritmo da inflação em 2013, ano em que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 5,91%, acima do centro da meta e do valor registrado em 2012, o aumento dos juros básicos da economia para 10,5% ao ano era esperado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na avaliação da indústria, ao optar por mais um acréscimo de 0,5 ponto percentual, o sexto consecutivo desde maio de 2013,  o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) não dá sinais sobre o fim do ciclo de aperto na política monetária.

A CNI alerta que a inflação continuará sendo foco de preocupação em 2014, não só pelo elevado patamar, mas,  principalmente, porque o governo recorreu, no ano passado, ao  controle dos preços administrados (tarifas de transporte e energia elétrica) e à redução da cesta básica. Esses mecanismos de controle da inflação dificilmente poderão ser repetidos com a mesma intensidade nesse ano.

Diante desse cenário, a indústria destaca que o abrandamento do aperto monetário depende de uma política fiscal mais ativa no combate à inflação, com controle mais rigoroso dos gastos correntes.

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