Os investimentos vão crescer e serão o principal motor da economia em 2014. A previsão foi feita pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira, 26 de novembro. Em entrevista aos jornalistas, logo depois de ter participado da reunião de diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mantega afirmou que o programa de concessões do governo nas áreas de infraestrutura e de exploração de petróleo e gás será o grande polo de atração de investimentos. "O Brasil tem projetos para atrair investidores", destacou, lembrando o êxito dos leilões do Campo de Libra e dos aeroportos de Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio.
Em entrevista ao Portal da Indústria, Mantega disse que os leilões continuam em 2014. Ouça clicando aqui.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que a expectativa dos empresários é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tenha recursos suficientes com custos compatíveis para apoiar os investimentos. "O BNDES é muito importante para a indústria e para o país", afirmou Andrade.
Mantega explicou que o banco manterá as linhas de crédito para as empresas, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financia a compra de bens de capital, caminhões e máquinas agrícolas. "Não faltará suporte financeiro para os investimentos. A indústria é prioridade", assegurou o ministro. Ele informou que o governo vai fazer, nos próximos dias, um aporte de R$ 24 bilhões para empréstimos do BNDES. Ao todo, o banco teve R$ 190 bilhões para financiamentos neste ano. Esse valor deve cair para cerca de R$ 150 bilhões em 2014. Isso porque, disse, haverá uma redução das linhas de crédito que não são consideradas prioritárias, como o financiamento aos estados e aos municípios.
De acordo com o ministro, a economia brasileira está em trajetória crescente de recuperação. "Apesar do contexto internacional desfavorável, o Brasil está se saindo bem na foto." Ele afirmou ainda que a inflação está sob controle e que o governo planeja reduzir subsídios, adiar desonerações e revisar gastos, como o do seguro-desemprego, para melhorar o desempenho fiscal.