O faturamento da indústria cresceu 3,4%, as horas trabalhadas na produção aumentaram 1,3% e o emprego teve expansão de 0,8% em agosto na comparação a julho, na série com ajuste sazonal. As informações são dos Indicadores Industriais, divulgados nesta quarta-feira (9), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, com a alta de 3,4% o faturamento real da indústria alcançou o maior patamar do ano. 

Entre os seis indicadores avaliados, apenas a utilização da capacidade instalada não aumentou em agosto. Descontados os efeitos sazonais, ficou em 82% ante os 82,3% registrados em julho. "A atividade industrial mostrou expansão em agosto", afirma a pesquisa. Ainda na série com ajuste sazonal, a massa salarial aumentou 0,3% e o rendimento médio do trabalhador cresceu 0,1%. 

"Os sinais são favoráveis e devemos ter um leve incremento da atividade nos próximos meses", diz o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Ele destaca, no entanto, que as oscilações dos indicadores entre o positivos e o negativo ao longo deste ano confirma que o crescimento da economia será modesto. 

Conforme a análise setorial, em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, o emprego aumentou em 14 dos 21 setores pesquisados pela CNI. A maior alta, de 17,6%, foi registrada na indústria de vestuário. O faturamento também aumentou em 14 setores. Nas indústrias de outros equipamentos de transporte e no setor de madeira, o indicador teve expansão superior a 20%. 

Na indústria de madeira, o faturamento subiu 20,7%, as horas trabalhadas na produção aumentaram 3,1% e o emprego cresceu 1,9%. A massa real de salários teve expansão de 1,6% e a utilização da capacidade instalada também aumentou 1,6% em agosto, frente ao mesmo mês de 2012.  Nesse setor, apenas o rendimento médio do trabalhador teve ligeira queda de 0,3%. 

A indústria farmacêutica, por sua vez, teve desempenho negativo em agosto na comparação com o mesmo mês de 2012. O nível de utilização da capacidade instalada caiu 6,6%, a maior retração entre os 21 setores pesquisados. Apenas o emprego aumentou no setor. A alta no indicador foi de 1,8%.

Confira abaixo a coletiva com o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco: