Educação para o mundo do trabalho

Sondagem realizada nas empresas do Polo Industrial de Manaus comprova que as instituições de ensino do Amazonas ainda não suprem as necessidades de recursos humanos da indústria

Pesquisa realizada em 2012 pela Coordenadoria de Relações do Trabalho e Emprego da Federação das Indústrias, em parceira com o Centro da indústria do Estado do Amazonas, identificou que 36% dos profissionais de nível técnico, 33% dos engenheiros e 31% dos trabalhadores de nível superior são oriundos de outros Estados.

A sondagem realizada nas empresas do Polo Industrial de Manaus comprova que as instituições de ensino do Amazonas ainda não suprem as necessidades de recursos humanos da indústria. Para reverter esse quadro, que não é peculiaridade exclusiva nossa, a Confederação Nacional da Indústria (CM) promove em todos os Estados o seminário Diálogos para o Mundo do Trabalho, com objetivo de elaborar um documento base para consolidar metas em curto prazo.

Localmente, a FIEAM também se juntou a Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH-AM) que, com as demais instituições de ensino (incluindo as universidades), busca formar o grupo chamado Pacto pela Educação para o Desenvolvimento da liderança Sustentável no Amazonas, para preparar e capacitar mão de obra para o mercado de trabalho. É sabido que o sistema brasileiro de educação prepara os estudantes como se fossem para a universidade. Mas, hoje, apenas 17% deles conseguem uma vaga no ensino superior. Os demais interrompem os estudos sem ter sequer uma hora de aula preparatória para ocupar um emprego.

O resultado do despreparo para o mercado de trabalho é a constatação do baixo índice de produtividade brasileira, que chega a ser metade do registrado na Coréia do Sul e cinco vezes menor que nos Estados Unidos.

Em Manaus, o seminário realizou-se no dia 15 de agosto e elencou, entre as propostas: relacionar grades curriculares com o mundo do trabalho, utilizar a mídia eletrônica, diagnosticar o mercado local, investir na formação docente (técnica e metodológica), conscientizar jovens e família sobre a importância do aprendizado e firmar parcerias entre o Sistema FIEAM, empresas e instituições.

A CNI prevê que até o final de outubro o projeto Educação para o Mundo do Trabalho vai estar consolidado. Trata-se de um conjunto de ações para propiciar que os jovens adquiram conhecimentos, competências e habilidades indispensáveis ao seu desenvolvimento como cidadãos e agentes produtivos. Será voltado a três grupos da população: jovens de 18 a 24 anos que estão no ensino médio, jovens entre 18 e 24 anos que não estudam e nem trabalham e, trabalhadores da indústria que não possuem ensino médio.

O caráter permanente do movimento será assegurado pelo acompanhamento das ações dos atores locais pelos representantes regionais do SESI, SENAl e IEL que formarão uma rede interna de Educação para o Mundo Trabalho. A ação atende ao Mapa Estratégico da Indústria (2013-2022), que tem a educação como elemento fundamental para desenvolvimento do País.

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