A Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançou em 12.08. aqui no Recife o projeto "Educação para o mundo do trabalho" que terá como meta a mobilização de empresários, governo, enfim, toda a sociedade no sentido de envidarem esforços para elevar a escolaridade e a qualificação de jovens que já atuam no mercado, bem como àqueles que ainda não estão encaminhados, conforme reportagem do Diário de Pernambuco, Caderno de Economia, 13.08.
Não é a primeira vez que o Sistema CNI (Federações de indústrias em todo o país e os seus órgãos SENAI, SESI, IEL), participa de evento dessa ordem, não só injetando recursos e formulando agendas de trabalho, mas formando parcerias, como é o caso agora neste encontro do Recife com a presença do Ministério de Educação (MEC), representado pelo seu conselheiro Francisco Cordão; pela Fiepe, Jorge Corte Real; pelo SENAI, Sergio Gaudêncio; pelo SESI, Ernane Aguiar, e pelo Diário, a editora executiva Paula Lousada, para ficar só nesses.
As preocupações trazidas pelo conselheiro Cordão já fazem parte da filosofia do SESI, desde 1947, implantada pelo educador Paulo Freire. Disse Cordão: "É necessário promover um método de ensino que estimule o aluno a não só decorar informações, mas aprender a relacioná-las e a buscar sempre novas informações. Essa mudança na formação educacional dos estudantes é essencial para a adaptação ao novo contexto de produção, que exige um profissional flexível, já que novas tecnologias são incorporadas o tempo todo". Ele teceu ainda considerações "sobre como valorizar a formação acadêmica dos professores", encontrando respaldo nas palavras do presidente da Fiepe, Jorge Corte Real que disse do reforço de escolaridade (formal e profissional) efetuado pelo SESI e pelo SENAI junto aos trabalhadores contratados pelas diversas indústrias alocadas no Complexo Industrial do Porto de Suape, no sentido qualificá-los tecnicamente e melhorá-los quanto a sua visão crítica e visão do mundo, alertando-os sobre o que se passa no seu entorno, como fez Paulo Freire no seu famoso método de ensino.
As preocupações do conselheiro Cordão, portanto, desdobram-se em duas. Uma pertinente ao aprendizado do aluno in totum que o permita ter a base no aqui e agora e, conhecer as coisas lá na frente: a sua relação pela busca do novo. A outra é relativo à sua formação profissional, que deve ser flexível para o acolhimento das novas exigências e das inovações tecnológicas que se sucedem rapidamente.
Estamos avançando em termos educacionais, como enfatiza o diretor regional do SENAI-PE, Sérgio Gaudêncio que acrescenta: "O SENAI vai ampliar sua área de atuação, passando a oferecer cursos superiores de tecnólogo, voltados especialmente para áreas que ainda não são contempladas por outras instituições".