Lançamento Educação para o Mundo do Trabalho em Rondônia

Iniciativa da CNI pretende construir, em conjunto com a sociedade civil e com os poderes públicos, uma agenda específica de trabalho com foco em ações que gerem resultados em curto prazo de melhoria do perfil educacional dos jovens

Evento mobilizou Instituições de Ensino, Conselhos de Educação, Indústrias e Imprensa em prol da sensibilização para melhorar a qualidade da educação dos jovens
 
Na manhã desta terça-feira (27.08) o SESI e SENAI Rondônia realizaram lançamento regional do Projeto Educação para o Mundo do Trabalho, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que pretende construir, em conjunto com a sociedade civil e com os poderes públicos, uma agenda específica de trabalho com foco em ações que gerem resultados em curto prazo de melhoria do perfil educacional dos jovens.

Participaram da solenidade de lançamento do projeto a superintendente do SESI, Gilvani Fares, a diretora de operações do SENAI, Adir Oliveira, o embaixador do Projeto Educação para o Mundo do Trabalho em Rondônia, Antônio Nascimento, professor Candido Gomes, que ministrou a palestra Educação para o Mundo do Trabalho, entidades representativas da educação e trabalho, entre outras autoridades.

A ideia do Projeto é que os jovens se integrem mais adequadamente ao mundo do trabalho e, assim, a indústria conte com profissionais com melhor nível de escolarização básica, especialmente no domínio da língua portuguesa e dos conhecimentos matemáticos. Para isso, foram convidadas em Rondônia, 25 entidades ligadas à educação e ao trabalho para a construção de uma agenda regional para avaliar as deficiências, propor soluções para a melhoria da educação básica em Rondônia.

O sociólogo Cândido Alberto Gomes, Ph.D. em educação e professor da Universidade Católica de Brasília, apresentou os dados da pesquisa realizada pela CNI que avaliou a qualidade da educação em todo país. Os temas debatidos em Rondônia farão parte da agenda nacional para integrar as ações que serão realizadas em prol da melhoria da educação oferecida aos jovens no Brasil.
 

EDUCAÇÃO EM NÚMEROS
 - Há 3,6 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola, majoritariamente situados nas regiões Sudeste (33%) e Nordeste (29%), as duas mais populosas do país;

- Da população de 15 anos ou mais de idade, cerca de 9,7% são analfabetos plenos, ou seja, 14 milhões de brasileiros não sabem ler ou escrever. O analfabetismo funcional, em 2011/2012, atingia 27% da população entre 15 e 64 anos de idade. Quase 75% das pessoas nessa faixa etária não são plenamente alfabetizadas e, portanto, não conseguem ler, escrever e calcular corretamente;

- 38% dos alunos frequentando a educação superior demonstraram não ser plenamente alfabetizados;

- No ensino médio, menos de um terço dos estudantes conseguem alcançar nível de desempenho adequado em língua portuguesa. Em matemática, o indicador é mais preocupante, atingindo apenas a proporção de 11%;

Muitos alunos ficam pelo caminho ao longo da educação básica. Apenas 64,9% dos estudantes concluem o 9º ano do ensino fundamental com até 16 anos de idade; já com até 19 anos de idade, somente 51,1% chegam a cursar o 3º ano do ensino médio.


DEPOIMENTOS
Gilvani Fares, superintendente do SESI:"Estamos com 27 estados pensando em uma educação diferente. Neste momento nós somos os motivadores desta mudança e precisamos discutir de que forma podemos construir juntos, as ações necessárias para a melhoria da educação dos nossos jovens. Precisamos da ideia e sugestões de todos para desenvolver um trabalho que possa contribuir de maneira significativa com a sociedade".

Adir Oliveira, diretora de operações do SENAI:"A educação é um problema de todos. Este é o momento de tomarmos posse dessa problemática e não tentar achar culpados. Para oferecer uma educação de qualidade aos nossos jovens precisamos identificar as deficiências, propor soluções e principalmente colocá-las em prática. Temos que repensar no modelo de educação que precisamos, para que no futuro tenhamos uma sociedade mais participativa no desenvolvimento do nosso país", disse.

Antônio Carlos Nascimento, embaixador do Projeto Educação para o Mundo do Trabalho em Rondônia: "A educação é um direito fundamental de todos e precisa ser colocada como uma prioridade, pois é o pilar do desenvolvimento econômico de um país. Na educação reside a possibilidade de transformação social e econômica de uma nação".

Candido Gomes, sociólogo e Ph.D. em educação:"Este é o momento para atender um chamado a ação. A crítica vazia é uma grande inimiga quando temos problemas complexos. O mais importante é a discussão das soluções, selecionar pequenas ações que tenham efeito a curto e médio prazos, para mudar a realidade que nos incomoda a cerca da educação. É preciso discutir os denominadores comuns, propor soluções e o mais importante colocá-las em prática".

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