Esporte incentiva carteiro a superar dificuldades

José Fernandes vai frequentemente ao Centro de Aprendizagem e Integração de Cursos (Caic), em Natal (RN), para praticar salto em distância

“Superei minhas deficiências e o esporte tem sido fundamental para que eu continue sempre melhor" - José Fernandes

Carteiro, José Fernandes caminha de oito a 10 quilômetros por dia. Mas a atividade física que mantém diariamente não fica restrita às caminhadas, sem as quais não cumpriria suas atribuições profissionais. José Fernandes vai frequentemente ao Centro de Aprendizagem e Integração de Cursos (Caic), em Natal (RN), para praticar salto em distância.

O esforço do atleta tem dado resultados. Desde 2010 conquista, anualmente, medalhas de ouro em competições paralímpicas nacionais. Nos Jogos Nacionais do SESI 2013, aos 22 anos, está competindo no salto em distância, com os demais trabalhadores que não têm deficiência física.

Ele trabalha nos Correios há dois anos. Antes, trabalhou com ASG e vigilantes em prefeituras de municípios do interior do Rio Grande do Norte e da Paraíba, selecionado em concursos públicos. Nasceu em Santa Cruz, município distante 112 quilômetros de Natal. José Fernandes afirma que sempre gostou de praticar alguma atividade física, mas há apenas quatro anos tem se dedicado regularmente ao atletismo. Além do salto em distância, ele também ganhou medalhas no salto em altura, ao participar de competições paralímpicas, em categorias T 46, nas quais competem os atletas com deficiências em membros superiores.

O atleta tem paralisia de Klumpke, deficiência que dificulta ou impede os movimentos de mãos e braços, provocada, segundo ele, por complicações no parto. Mas o esporte e o interesse em atividades físicas e nos estudos ajudaram a superar as dificuldades. “Superei minhas deficiências e o esporte tem sido fundamental para que eu continue sempre melhor, com plena capacidade de trabalho”, afirma.

Nos Jogos Nacionais do SESI, ele ficou em quinto lugar no salto em distância. A marca obtida, próxima de 5,98 metros, foi inferior a que tem conseguido em outros torneios, nos quais ele tem o recorde nacional paralímpico na categoria, com 6,23 metros.

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