Corredores colecionam medalhas nas pistas e vitórias na vida pessoal e profissional

Paraibano Carlos Moura, de 29 anos, é corredor de rua e trabalha como operador de máquinas na indústria têxtil. Bruna Jéssica Farias, de 21 anos, trabalha há três anos na área de serviços gerais da indústria cerâmica e venceu a prova de 100 metros

O paraibano Carlos Moura, de 29 anos, é corredor de rua e trabalha como operador de máquinas na indústria têxtil Sulfabril, de Blumenau (SC).  Ele quer levar para casa duas medalhas de ouro nos Jogos Nacionais do SESI. Uma ele ganhou nesta sexta-feira (16) na prova de 800 metros. A outra ele espera conquistar amanhã (17), na prova de 3 mil metros. “Sou corredor de rua e estou preparado para ganhar o ouro”, diz Moura, que começou a correr quando tinha 18 anos de idade.

Mas as vitórias nas pistas e o reconhecimento dos amigos não são as únicas conquistas que Moura coleciona com a prática esportiva. “Foi graças à corrida que eu arrumei o emprego na Sulfabril”, conta. Ele nasceu em Araruna, cidade do interior da Paraíba, e se mudou  para Blumenau para trabalhar na construção civil. Ao fazer corrida de rua, ele conheceu outros corredores. Certo dia, um companheiro de corrida avisou que tinha uma vaga na Sulfabril. “Fui contratado. A empresa oferece uma ajuda de custo mensal para quem pratica esporte”, conta Moura.

Segundo ele, com a corrida ele ganha resistência e disposição para desempenhar melhor suas funções na empresa. “Tenho mais facilidade que os meus colegas para puxar os carrinhos e carregar os rolos de malha”, afirma. Além disso, ele conta que o esporte transformou sua vida pessoal. “Graças ao atletismo, hoje sou uma pessoa sadia, tenho muitos amigos e aprendi a lidar com as pessoas”, conclui o corredor.

A corrida também foi decisiva na vida de Bruna Jéssica Farias, de 21 anos. Ela corre desde os 12 anos e, nesta sexta-feira (17), venceu a prova de 100 metros. “Sempre me destaquei em provas curtas”, diz Bruna. Foi graças a esse talento que ela ganhou uma bolsa de estudos para cursar a faculdade de educação física. “Minha mãe não tinha condições de pagar meus estudos. Os professores do centro esportivo onde eu treinava me ajudaram a conseguir a bolsa”, afirma a corredora.

Bruna trabalha há três anos na área de serviços gerais da indústria cerâmica Telhas Capelli, de Maceió, em Alagoas. Ouça o que ela disse sobre os benefícios do esporte clicando aqui.

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