A inovação não é um processo linear. Os três elementos básicos de um processo inovador - aplicação de mercado, tecnologia e implementação - devem ser contínuos, equilibrados entre si e sempre relacionados. Eles interagem até que, ao convergirem de forma ideal, surge um produto para o mercado.
O recado é do professor Eugene A. Fitzgerald, do Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais do Massachussets Institute of Technology (MIT), palestrante do primeiro dia do Challenge of Innovation 2013. A conferência segue até esta quarta-feira (8), em São Paulo (SP), com a participação de 11 pesquisadores do MIT e 500 empresários e representantes de centros de pesquisas brasileiros.
Em sua palestra sobre o processo de inovação, o professor destacou que inovar não é ter ideias, mas sim fazê-las funcionar. "Isso é a parte mais difícil", lembrou, ao afirmar que o conceito não é entendido de forma detalhada, apesar de ser reconhecido por países desenvolvidos como chave para o avanço.
Fitzgerald, um dos autores do livro Inside Real Innovation (Por dentro da real inovação), ressaltou a importância de valorizar o capital humano inovador. "As empresas fecham e os países mudam. Se houver pessoas inovadoras, o processo inovador não acaba", disse.
Sobre este tema, o professor fechou a palestra com uma frase de 1942, de Vannevar Bush, que mesmo 60 anos depois continua, na visão dele, bastante atual. "Um engenheiro não é um físico ou um homem de negócios ou um inventor, mas alguém que, adquirindo algumas habilidades e conhecimentos de cada um desses, é capaz de desenvolver e aplicar produtos em larga escala."
PROGRAMAÇÃO - O evento é realizado pela Fundação Certi em parceria com o SENAI.
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