Indústria: o gigante silencioso

No Acre, a participação do setor na geração de riqueza vem aumentando de maneira gradativa ao longo dos anos. De 9% em 2003, já ultrapassa os 15% dez anos depois

Você não percebe, mas a indústria está presente na maioria – senão em todos – os itens da sua casa e da sua vida. No pãozinho do café-da-manhã, na comida  preparada para o almoço ou janta, nos eletrodomésticos indispensáveis para facilitar a vida, na água que se bebe, na roupa que você veste, no material e pessoal que construíram a sua casa. Enfim. A indústria é um gigante silencioso que trabalha incansavelmente para que você nem perceba a sua existência, apenas usufrua o que ela tem a oferecer. Comemorase o Dia da Indústria em memória de Roberto Simonsen, que foi o patrono da indústria nacional, pois é a data de seu falecimento, no ano de 1948.

No Acre, a participação do setor na geração de riqueza vem aumentando de maneira gradativa ao longo dos anos. De 9% em 2003, já ultrapassa seguramente os 15% dez anos depois. “Nos últimos anos, o Estado avançou em questões importantes, investimentos que estruturaram e prepararam a economia para crescer foram realizados, a qualidade das instituições melhorou, o acesso e o valor atribuído à educação cresceram, e a sociedade, de uma forma geral, fortaleceu-se. A indústria, nesse processo, também apresentou crescimentos significativos”, analisa o economista Carlos Estevão Castelo.

Atualmente, o Estado conta com 2 mil unidades industriais aproximadamente, sendo a maioria de micro e pequeno porte. A maior concentração, cerca de 70%, no entanto, está na capital, Rio Branco. Assim, são gerados em torno de 45 mil empregos diretos, com uma massa salarial numa média de R$ 45 milhões. De acordo com Castelo, os segmentos mais significativos são Construção Civil, Madeiras/Móveis e Alimentos, nesta ordem.

São eles os que mais empregam diretamente, os que mais faturam, e os que mais cresceram nos últimos anos, segundo dados da Sondagem Industrial (CNI) e Indicadores Industriais (FIEAC). Merece ser ressaltada, também, a área de minerais não-metálicos, principalmente no ano passado, que, em função de programas governamentais como o “Ruas do Povo”, registrou aumento em vendas e utilização da capacidade instalada.

FUTURO PROMISSOR – “Os próximos anos serão decisivos: o futuro do Estado está sendo desenhado por algumas importantes tendências e sinais de mudança, que devem amadurecer e impactar a realidade econômica, social e política estadual nas próximas décadas”, aposta José Luiz Felício, presidente da FIEAC em exercício.

Isso pode ser percebido pelos projetos estruturantes previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); projetos de expansão de energia; o complexo do Rio Madeira; o programa de desenvolvimento sustentável do Governo Estadual; a valorização do ativo florestal/biodiversidade; o asfaltamento da BR-364; a saída para o Pacífico e integração logística com o Caribe; o Zoneamento Ecológico-Econômico e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), a única do Brasil pronta e autorizada para “A previsão é de que, em breve, o Acre esteja em posição privilegiada na geopolítica nacional. Para aproveitar as oportunidades que surgirão, o Estado necessitará avançar na ampliação do clima favorável ao investimento e na formação de capital humano. Só assim poderá crescer a taxas relevantes, inclusive superiores ao Brasil”, acredita José Luiz.

Leia a íntegra no http://www.fieac.org.br/index.php?corpo=2&id=2994&Casa=1&escolhe=1

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