Empresários brasileiros devem priorizar participação no mercado africano

Presidente da CNI falou sobre o assunto no seminário "As Relações do Brasil com a África - A nova fronteira no desenvolvimento global", que aconteceu nesta quarta-feira (22), em Brasília (DF)

O crescimento de mais de 400% no intercâmbio comercial entre o Brasil e os 54 países da África nos últimos dez anos é uma prova da importância do mercado africano, segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que abriu o seminário "As Relações do Brasil com a África - A nova fronteira no desenvolvimento global", realizado nesta quarta-feira (22), na sede da CNI, em Brasília (DF). Entre 2002 e 2012, o comércio entre o Brasil e a África passou de US$ 5 bilhões para US$ 27 bilhões.

"A áfrica é estratégica para a economia brasileira. É nosso dever fazer crescer e consolidar os mercados, tornando-os mais fortes e dinâmicos e consagrando o que a história já estabeleceu pelos laços de amizade", afirmou Andrade. "Vamos trabalhar juntos para estreitar os laços econômicos, políticos e culturais que unem os nossos povos", completou.

O seminário, promovido pelo jornal Valor Econômico, com o apoio da CNI, reuniu dezenas de empresários e representantes do governo brasileiro e dos países africanos. Durante a palestra de abertura, o ministro das Relações Exteriores destacou que atualmente o mercado africano absorve 5% das exportações brasileiras, e que um dos sinais de sua importância para a diplomacia do país é a quantidade de representações que o Brasil possui no continente. O Brasil tem relações diplomáticas com os 54 países e possui 37 embaixadas residentes.

De acordo com o ministro, o Brasil é o quinto país com maior número de embaixadas na África. Por outro lado, estão instaladas em Brasília 34 embaixadas africanas. "Somos a capital latino-americana com maior número de embaixadas africanas. Sem uma coordenação muito estreita e um diálogo permanente, nós não chegaremos aos resultados que a comunidade internacional requer. O Brasil quer estar junto da África nesse momento particularmente positivo da sua história", disse o ministro.

Durante a abertura, o deão do Grupo da África e embaixador da República do Zimbawe, Thomas Sukutai Bvuma, convidou os empresários brasileiros que ainda não focaram no continente, a investir no mercado africano. "Empresários fortes e corajosos precisam ir para a África, para locais onde as pessoas não querem ir. Os lucros são garantidos. O empresário só precisa chegar lá. Gostaríamos de ter empresas brasileiras em cada um dos 54 países do continente. A África é o futuro para os negócios. Um dia a áfrica será um continente desenvolvido, centro de desenvolvimento global", afirmou.

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