Curso da FIEPE aponta soluções para reduzir custos com energia

Curso que apresenta maneiras de otimizar os gastos com energia elétrica foi realizado pela Unidade de Relacionamento e Serviços aos Sindicatos da FIEPE, no dia 8

"Se 13% do valor da conta de energia fosse reduzido, o PIB cresceria 0,5% e seriam gerados 4,5 milhões de empregos a partir do corte, além da baixa da inflação", declarou o engenheiro eletricista e consultor da CNI Fábio Sales, durante curso do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), realizado pela Unidade de Relacionamento e Serviços aos Sindicatos (URS) da FIEPE, no dia 8. A capacitação, na sede da entidade, apresentou a empresários e representantes de sindicatos pernambucanos maneiras de otimizar os gastos com energia elétrica, cuja tarifa no Brasil é a segunda mais cara do mundo.

Cerca de 50% do valor da conta vem de encargos e tributos. Entre os encargos, existem Conta de Consumo de Combustível (CCC), Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Global de Reversão (RGR), que recolhem mais de 4 bilhões de reais anualmente. O consumidor também paga tributos federais (PIS e CONFINS) e estaduais (ICMS), além de um tributo municipal para custeio de iluminação pública (CIP). Segundo Fábio Sales, a saída mais viável para a redução do preço da eletricidade é reduzir os impostos, pois "as empresas concessionárias não aceitam diminuir o preço bruto da energia".

"Esse é mais um motivo para as empresas se associarem aos sindicatos que representam seus segmentos: quanto mais fortes os sindicatos forem, maior pressão eles podem exercer sobre o governo para reduzir os impostos e beneficiar o setor como um todo", avalia o coordenador da URS, Vladimir Teixeira.

Recentemente, a presidente Dilma Rousseff anunciou reduções significativas na tarifa, em torno de 16 a 28% a menos. Contudo, esse corte só teve efeito no mercado cativo de energia e as grandes empresas, que utilizam o mercado livre continuaram pagando caro. Segundo a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (ABRACE), o consumidor industrial só usufruiu de um desconto de 10%, que acabou dirimido no custeio das termelétricas.

Os participantes do curso tiveram a oportunidade de conhecer termos técnicos da conta de energia, a subdivisão do mercado consumidor e como se dá a regulação da concessão do insumo. Essa formação já aconteceu nos estados de Alagoas, Rondônia, além do Distrito Federal, através da CNI.

Opção - Outras soluções mais rápidas para as empresas que desejam reduzir seus custos com energia elétrica é investir em programas de eficiência energética ou na adequação de seus contratos de energia. Os interessados em adotar esses tipos de medidas podem entrar em contato com a FIEPE pelo telefone (81) 3412.8400 ou no site www.fiepeavanca.com.br.

Relacionadas

Leia mais

Dois terços das indústrias têm prejuízos com falhas no fornecimento de energia elétrica, diz pesquisa da CNI

Comentários