CNI avalia que relações comerciais entre Brasil e Venezuela não mudam

O país é um dos principais parceiros e responsável pelo terceiro maior saldo comercial brasileiro, que representa US$ 4 bilhões

As relações comerciais entre Brasil e Venezuela não mudarão, no médio prazo, após a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez. A indústria brasileira acredita que o país continuará a respeitar os contratos com as empresas brasileiras que têm negócios no seu território e a perseguir a estabilidade econômica. "O Brasil tem uma relação comercial sólida com a Venezuela", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi.

No ano passado, a Venezuela foi responsável pelo terceiro maior saldo comercial do Brasil, de US$ 4 bilhões, atrás apenas da China e da Holanda. As exportações brasileiras para o mercado venezuelano foram de US$ 5 bilhões. Desse montante, US$ 1,1 bilhão foi em produtos agropecuários.

As exportações de manufaturados foram de US$ 3,3 bilhões em 2012, o que representa uma alta de 30% em relação a 2011, a segunda maior alta entre os principais parceiros, atrás apenas da Holanda. A corrente de comércio entre os dois países foi de US$ 6 bilhões em 2012.

Mas o ingresso do país no Mercosul pode sofrer atrasos. A reunião da cúpula de dezembro de 2012 criou um cronograma para a incorporação da Venezuela ao bloco, em quatro etapas. A primeira ocorre já no próximo mês e prevê a adequação de 2.829 produtos venezuelanos ao programa de tarifas externas comuns.

No entanto, é natural que a burocracia desacelere num momento delicado de sua política nacional. A indústria brasileira também tem trabalhado para diversificar as compras da Venezuela e aprimorar a integração, o que certamente se acelerará com a entrada do país no bloco.

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