Industriais divergem sobre base de cálculo para desoneração da folha de pagamentos

Pesquisa realizada pela FIERGS aponta que industriais divergem sobre a melhor forma de contribuição patronal para a Previdência Social

A desoneração da folha de pagamentos, medida estabelecida pelo governo federal, é considerada positiva pelos industriais gaúchos para a retomada do crescimento econômico. No entanto, eles divergem sobre a melhor forma de contribuição patronal para a Previdência Social. Estes foram os principais resultados da pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e divulgada nesta quarta-feira (30).

A Sondagem Industrial Especial sobre a Desoneração da Folha de Pagamentos indicou que os industriais encontram-se divididos sobre qual deve ser a base de cálculo da contribuição patronal. Para 36,6% dos respondentes, o faturamento é a melhor opção. Já 21,3% preferem que a incidência seja a partir do lucro e 19,5% sobre a folha de pagamentos.

Segundo 74,4% dos empresários, a decisão do governo federal auxiliará no processo de recuperação da economia. Destes, 59,8% aguardam um retorno positivo parcial, enquanto 14,6% esperam que a medida seja determinante para o desenvolvimento nos próximos anos.

Entre os benefícios gerados pela desoneração da folha de pagamentos, 87,5% das respostas apontaram a redução do valor pago a título de contribuição para a Previdência Social. A melhoria no fluxo de caixa ficou em segundo lugar (53%). Apenas 9,4% indicaram que a nova medida favorece a concorrência dos produtos nacionais com os importados.

A extensão do benefício para empresas que ainda não recolhem o imposto pelo faturamento é avaliado como positivo por parte dos empresários. Para 62,0% das empresas não contempladas pela desoneração da folha de pagamentos, sua inclusão no regime seria positiva.  Entre os que não realizam atividade de exportação, este percentual é de 66,7%, caindo para 58,8% entre os exportadores.

A pesquisa abrangeu 164 indústrias, sendo 36 pequenas, 67 médias e 61 grandes. O porte delas segue nova definição da Eurostat: pequenas empresas (10 a 49 empregados), médias (50 a 249 empregados) e grandes (250 ou mais empregados).

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