Exportações de industrializados ultrapassam US$ 2,49 bilhões no Estado

Os grupos de industrializados que apresentaram crescimento nas exportações, nos dez primeiros meses do ano, são: "Couros e Peles" (20,1%), "Óleos Vegetais" (17%), "Complexo Carne" (14%), "Açúcar e Álcool" (8,9%) e "Papel e Celulose" (4,2%)

As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul tiveram receita superior a US$ 2,49 bilhões no período de janeiro a outubro deste ano, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a receita alcançada em dez meses confirma a previsão de que o setor deve registrar neste ano o mesmo patamar alcançado no ano passado, quando as indústrias exportaram US$ 2,87 bilhões.

Para se ter ideia, com uma receita equivalente a US$ 330,9 milhões, outubro de 2012 registra o 2º melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente de setembro de 2011 com US$ 366 milhões. Por fim, quando comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 33 quebras de recorde nas receitas de exportação.

Quanto à participação relativa, no acumulado do ano, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 70,8% de tudo que tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul, enquanto a comparação leva em consideração apenas o mês de outubro esse percentual é ainda maior, ficando em 71,5%. Com relação ao volume exportado, no acumulado do ano, a indústria enviou ao exterior 6,96 milhões de toneladas, enquanto apenas no mês de outubro esse montante foi de 716,2 mil de toneladas.

Principais grupos

Nos dez primeiros meses do ano, os grupos de industrializados que apresentaram crescimento nas exportações são "Couros e Peles" (20,1%), "Óleos Vegetais" (17%), "Complexo Carne" (14%), "Açúcar e Álcool" (8,9%) e "Papel e Celulose" (4,2%). No caso do grupo "Couros e Peles", que inclui couros bovinos e bubalinos não divididos e úmidos, couros bovinos e bubalinos divididos e úmidos e couros bovinos inteiros e preparados, a receita de exportação ficou em US$ 81,91 milhões, tendo como principais compradores a Itália, a China e Hong Kong.

Já o grupo "Óleos Vegetais", que inclui bagaços e outros resíduos sólidos da extração de óleo de soja, teve receita de US$ 281,18 milhões e como principais compradores a China, a Tailândia, o Vietnã, a Holanda e o Irã. O "Complexo Carne", que inclui carnes desossadas e congeladas de bovinos, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos de animais, frango em carcaça e tripas de bovinos, obteve receita de US$ 739,39 milhões, tendo como principais compradores a Rússia, Hong Kong, Arábia Saudita, Japão, Irã, China e Chile.

No grupo "Açúcar e Álcool", a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 582,13 milhões, tendo como compradores, até o momento, a Rússia, Canadá, Bangladesh, Índia, China, Nigéria, Marrocos e Estados Unidos. O grupo "Papel e Celulose", que também inclui embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel, soma receita de US$ 393,04 milhões, tendo como principais compradores a China, Holanda, Itália, Reino Unido, Espanha, França e Coréia do Sul.

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