Até a próxima sexta-feira 30 de novembro, diversas reuniões entre representantes dos quatro consórcios que integram o AL-Invest, programa de cooperação econômica entre América Latina e Comissão Européia, vão discurtir o futuro de milhares de pequenas e médias empresas na região. O Encontro Anual do AL-Invest, que começou nesta terça-feira, 27 de novembro, em Salvador, reúne os membros dos consórcios Mercosul, Chile e Venezuela, liderado pela Confederação Nacional da Indústria, e os consórcios da America Central, México e Cuba, da Região Andina e de Coordenação e Serviços, para fazer um balanço da quarta edição do programa (2009-2012) e traçar estratégias para os próximos anos.
De acordo com Piero Venturi, conselheiro da União Europeia no Brasil, desde 1995 a Comissão Europeia investiu 144 milhões de euros, que resultaram em mais de 500 milhões de euros em negócios e investimentos intrarregionais. “Mais de mil projetos foram levados a efeito em mais de 25 setores. Os mais apoiados foram agroindústria, meio ambiente e telecomunicações. E 87 mil empresas foram beneficiadas”, afirmou Venturi.
AVANÇOS - O esforço atual da CNI é fechar um acordo para a AL-Invest V, mesmo ciente de que a União Europeia se encontra no epicentro da crise econômica mundial. O secretário-geral da Eurochambers, Arnaldo Abruzzini, reconhece que as pequenas e médias empresas são um dos mais importantes motores do crescimento econômico e da inclusão social. A gerente-executiva de Comércio Exterior da CNI, Tatiana Porto, destaca a importância do AL-Invest no desenvolvimento das pequenas empresas, na cooperação empresarial e na geração de oportunidades de negócios na América Latina e entre as companhias europeias e latino-americanas. “Inúmeros avanços não teriam sido alcançados sem uma ferramenta como essa. Nossa meta para o futuro é manter o trabalho feito até o momento”, disse Tatiana Porto, na cerimônia de abertura do encontro, no Hotel Deville, na terça-feira às 19h30.
Durante o encontro serão discutidos as relações entre União Europeia e a América Latina e os diferentes tipos de acordos de cooperação entre as empresas das duas regiões, criação de join venture, acordos e contratos regionais e intercâmbios empresariais. O ministro Ronaldo Costa, chefe do Departamento de Negociações Internacionais do Itamaraty, garantiu que o governo e o setor produtivo brasileiro têm interesse em firmar acordos de livre comércio com a União Européia. “Os desafios são múltiplos. É preciso compatibilizar os interesses do Mercosul, o bloco mais competitivo em agronegócio, com a União Europeia, um bloco onde a agricultura é um tema sensível. Por outro lado, a União Européia tem uma indústria mais competitiva do que a nossa. Mesmo assim tenho visto a convergência de interesses", disse Costa.
O AL-Invest promove e desevolve a colaboração entre pequenas e média empresas e instituições latino-americanas e europeias. Os desafios que a América Latina enfrenta para aumentar a competitividade das suas empresas continuam grandes. O consórcio liderado pela CNI se preocupa em promover a capacidade inovadora das pequenas e médias empresas de acordo com suas ações e a realidade empresarial de cada país e tem dirigido seu campo de atuação aos setores econômicos em crescimento. Em 2012, o foco esteve nos mercados de madeira, jardinagem, mobiliário, setor alimentar, turismo, tecnologia da informação e comunicação (TIC) e biotecnologia.