Competidores avaliam desempenho na 7ª Olimpíada

Depois de três dias exaustivos de provas, alunos do SENAI fazem balanço da atuação e analisam o que pode ser melhorado para a próxima disputa na área de educação profissional

A Olimpíada do Conhecimento, realizada a cada dois anos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), dura apenas sete dias. Mas um ano antes de cada edição, competidores e avaliadores iniciam os preparativos para enfrentar essa maratona de competência e habilidades profissionais. O resultado de todo esse esforço será conhecido no dia (18), com a divulgação dos resultados da 7ª Olimpíada do Conhecimento.

“Mais do que o resultado, o importante é o caminho que a gente percorre para chegar até aqui, é o preparo profissional que ganhei”, avalia Bruno Quaresma (SENAI-PE), webdesigner, que concluiu as provas sem arriscar qualquer previsão sobre o resultado. Com oito horas diárias de treinamento no último ano, Bruno e outros 13 competidores executaram oito módulos, duas das quais de criação. Ontem, o desafio foi o desenvolvimento de layout e da programação de uma calculadora de calorias.

A webdesigner Jessica Teixeira (SENAI-MG) concorda com Bruno Quaresma: “O importante é o tanto que a gente cresceu nesse processo; a competição é apenas para conferir o quanto aprendemos até agora”. Para ela, dois fatores pesam no resultado: planejamento e autocontrole.

De um lado, os competidores que treinam oito horas e até 12 horas por dia em busca das melhores vagas no mercado de trabalho. De outro lado, o SENAI que procura transformar o torneio de jovens em uma avaliação consistente da educação profissional com a finalidade de alimentar o contínuo aperfeiçoamento dos três mil cursos oferecidos em todo o país. “A meta é colocar 100% dos alunos no mercado de trabalho”, afirma Roberto Monteiro Spada, diretor de relações externas do SENAI.

Preparação - O planejamento de cada olimpíada começa um ano antes com a elaboração da descrição das competências de cada uma das ocupações que serão avaliadas na competição – este ano, foram 50 da área industrial e quatro do comércio. Seis meses antes, os especialistas de cada área das unidades do SENAI criam um fórum para elaborar conjuntamente as provas.

Em razão do intenso treinamento dos competidores – a maioria começa a um ano ou até a dois anos da olímpiada -, este corpo técnico do SENAI pretendeu evitar o efeito “adestramento” ou “robotização” dos jovens. Assim, dois dias antes do início das competições, os avaliadores mudam 30% do conteúdo das provas para testar a capacidade intelectual dos alunos para rever o planejamento e até mesmo a estratégia.

Na panificação, uma das alterações foi a introdução de produtos funcionais na receita dos pães. “Tivemos que mudar o planejamento, recalcular a quantidade de todos outros ingredientes logo no início das provas”, conta Allison Mateus, 20 anos (SENAI-CE). Durante os quatro dias de provas, foram produzidos sete tipos de pães e uma escultura.

“Tudo influi na competição, principalmente a parte emocional”, diz Allison. O excesso de confiança já levou competidores que estavam nas primeiras colocações a chegar em último, conta. Às vésperas do anúncio do vencedor, os competidores de panificação apostavam nos colegas de Alagoas e Minas Gerais, pelo “tradição” consolidada nas últimas olimpíadas.

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