O desempenho da indústria da construção começa a mostrar sinais de melhora. A utilização da capacidade de operação das empresas do setor ficou estável em 70% em setembro. O indicador de nível de atividade efetivo em relação ao usual ainda mostra desaquecimento, mas vem crescendo nos últimos meses. O indicador aumentou de 46,4 pontos em agosto para 47 pontos em setembro, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quinta-feira, 25 de outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Valores acima de 50 pontos são positivos.
“O cenário está menos negativo”, diz a análise econômica da pesquisa. Segundo o economista da CNI Danilo Garcia, os indicadores trimestrais sobre a situação financeira das empresas também apontam para uma leve reativação da atividade no setor. O índice de situação financeira ficou em 50,3 pontos no terceiro trimestre, 1,5 ponto acima do registrado no período anterior. “Os empresários consideraram a situação financeira das empresas satisfatória”, observa Garcia.
Além disso, explica o economista, a Sondagem mostra uma melhora no otimismo dos empresários para os próximos seis meses. O indicador de expectativa do nível de atividade futuro aumentou pelo segundo mês consecutivo e passou para 57,4 pontos em outubro. A expectativa em relação aos novos empreendimentos e serviços também melhorou e ficou em 57,5 pontos.
PROBLEMAS - A elevada carga tributária e a falta de trabalhadores qualificados foram os principais problemas enfrentados pelas empresas no terceiro trimestre. A falta de trabalhador qualificado foi apontada como a principal dificuldade (61,7%) para as grandes empresas. No trimestre anterior esse problema teve 54,6% das assinalações das grandes empresas. Entre as pequenas indústrias da construção, o principal problema foi a elevada carga tributária, com 56,2% das menções, ante 50,8% no período anterior.
A Sondagem Indústria da Construção, realizada pela CNI em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foi feita entre 1º e 11 de outubro com 456 empresas, das quais 158 de pequeno porte, 200 médias e 98 grandes.
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