Exportações de industrializados no Estado já passam de US$ 1,55 bilhão

A retomada nas exportações de industrializados é influenciada diretamente pela melhoria nas vendas dos grupos Complexo Carne, Açúcar e Álcool, Papel e Celulose, Óleos Vegetais e Couros e Peles

As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul nos primeiros sete meses deste ano já alcançaram receita superior a US$ 1,55 bilhão, o que representa um crescimento de 2,8% na comparação com o mesmo período de 2011, quando o montante foi de US$ 1,51 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, essa retomada nas exportações de industrializados é influenciada diretamente pela melhoria nas vendas dos grupos Complexo Carne, Açúcar e Álcool, Papel e Celulose, Óleos Vegetais e Couros e Peles.

No caso específico dos grupos “Açúcar e Álcool” e “Celulose e Papel”, os preços pagos pelos compradores externos aumentaram, beneficiando o saldo da balança comercial sul-mato-grossense. Além disso, na situação do grupo “Açúcar e Álcool”, a Nigéria elevou suas compras em até 10 vezes mais, enquanto os grupos “Óleos Vegetais”, “Complexo Carne” e “Couros e Peles” tiveram os volumes de exportações ampliados para os principais compradores, como a China, a Rússia e a Itália, respectivamente.

Ele destaca que o crescimento de 2,8% nas exportações de industrializados de Mato Grosso do Sul ocorre sobre uma forte base de comparação. Para se ter ideia, de janeiro a julho nos anos de 2009 e 2010, as receitas totais de exportação de industrializados foram de US$ 657,6 milhões e US$ 1,07 bilhão, respectivamente, indicando, deste modo, uma taxa média de crescimento da ordem 24% no período considerado. O levantamento do Radar da Fiems ainda aponta que, quanto à participação nas exportações totais de Mato Grosso do Sul, o setor industrial representa 66,4% de tudo que foi vendido para o exterior nos primeiros sete meses deste ano.

Com uma receita equivalente a US$ 285,7 milhões, julho de 2012 registra o 3º melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul. O mês passado fica atrás somente de setembro de 2011 com US$ 354,9 milhões e de maio de 2012 com US$ 296,9 milhões. Por fim, quando comparado com os resultados de igual mês, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 32 quebras de recorde nas receitas de exportação.

Principais grupos 

No ano, os principais grupos de industrializados que apresentam crescimento nas exportações são “Óleos Vegetais Bruto e Refinado”, com alta de 34,7%, “Complexo Carne”, com elevação de 17%, “Açúcar e Álcool”, com expansão de 16%, “Couros e Peles”, com acréscimo de 13,5%, e “Papel e Celulose”, com aumento de 9,6%. No caso do grupo “Óleos Vegetais”, a receita de exportação gerada de janeiro a julho de 2012 ficou em US$ 94,6 milhões contra US$ 70,3 milhões no mesmo período de 2011, tendo como principais compradores a China, com 55,7% ou US$ 52,7 milhões, a Índia, com 18,5% ou US$ 17,5 milhões, e Bangladesh, com 8,1% ou US$ 7,7 milhões.

Já o “Complexo Carne”, que é composto pelas carnes desossadas e congeladas de bovinos, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos de animais, exceto peixes e tripas de bovinos, obteve receita de US$ 509,9 milhões nos sete primeiros meses deste ano contra US$ 435,82 milhões no mesmo período de 2011, tendo como principais compradores a Rússia, com US$ 147,9 milhões ou 29%, Hong Kong, com US$ 57,4 milhões ou 11,3%, Japão, com US$ 40,6 milhões ou 8%, Arábia Saudita, com US$ 34,3 milhões ou 6,7%, Irã, com US$ 25 milhões ou 4,9%, China, com US$ 24,5 milhões ou 4,8%, e Chile com US$ 20,3 milhões ou 4%.

No caso do grupo “Açúcar e Álcool”, até o mês de julho, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 307,8 milhões contra US$ 265,3 milhões em igual período de 2011, sendo que os principais compradores são a Rússia, com US$ 47,4 milhões ou 15,4%, Nigéria com US$ 42,2 milhões ou 13,7%, Marrocos, com US$ 29,5 milhões ou 9,6%, e Bangladesh, com US$ 26,5 milhões ou 8,6%. Para o grupo “Couros e peles”, a receita de exportação obtida em 2012 foi de US$ 57,1 milhões contra US$ 50,3 milhões, tendo como principais compradores a Itália e Taiwan, com participações sobre as receitas totais de 37,6% e 8,4%, respectivamente, proporcionaram, somados, uma receita adicional de US$ 14,6 milhões.

Em relação às exportações do grupo “Papel e Celulose”, de janeiro a julho deste ano, elas somaram US$ 276,5 milhões contra US$ 252,4 milhões em igual período de 2011, com destaque, naturalmente, para a pasta química de madeira semibranqueada (celulose), que registrou uma receita de exportação equivalente a US$ 246,3 milhões ou 89,1% do total. Os principais comparadores, até o momento, são a China, com 27,3% ou US$ 75,3 milhões, a Holanda, com 16,8% ou US$ 46,4 milhões, a Itália, com 11,8% ou US$ 32,6 milhões, e o Reino Unido, com 11,3% ou US$ 31,3 milhões.

Relacionadas

Leia mais

Queda de competitividade das empresas contribui para redução das exportações
Economista sugere Reintegra permanente para ampliar exportações
Sindicato das Indústrias do Vestuário de Mato Grosso elege nova diretoria

Comentários