Aprovação ao modo de governar de Dilma bate recorde, com 77%, e supera Lula e FHC, diz pesquisa CNI-Ibope

Pesquisa CNI-Ibope foi divulgada nesta quarta-feira, 04.04, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Brasília – A firmeza da presidente Dilma Rousseff nas decisões de governo rendeu aprovação recorde na forma de governar por parte da população brasileira. A pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira, 04.04, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que a avaliação do modo de governar aumentou cinco pontos percentuais em março sobre dezembro, mês do último levantamento, atingindo 77%. É um percentual superior às avaliações dos presidentes Fernando Henrique Cardoso ( 57%) e Luiz Inácio Lula da Silva (60%) no segundo ano dos seus primeiros mandatos.

A pesquisa mostra haver aumentado também a confiança da população na presidente Dilma, de 68% em dezembro para 72% , enquanto a avaliação positiva do governo – conceito ótimo/bom – permaneceu estável entre uma pesquisa e outra, com 56%.
“O estilo da presidente, mostrando firmeza na substituição de ministros e no relacionamento com a base aliada no Congresso, parece estar tendo uma empatia melhor com a população, que vê Dilma Rousseff mais presente na administração do governo”, explicou o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Acrescentou que a retração da atividade econômica, com a estagnação da indústria de transformação, que cresceu apenas 0,1% em 2011 e permanece em baixa neste início de ano, não se reflete na pesquisa porque não afetou o bolso do consumidor. “Estas dificuldades não são percebidas porque o desemprego continua baixo e a inflação está em declínio. Além disso, houve reajuste do salário minimo”, sublinhou Castelo Branco.

Vulnerabilidade – A pesquisa CNI-Ibope informa que as áreas que renderam melhores avaliações ao governo Dilma foram o combate à fome e à pobreza – com 59% de aprovação – e meio ambiente e combate ao desemprego, ambas com 53%.
No polo oposto, questões essencialmente econômicas, como impostos e taxas de juros, continuam enfrentando forte desaprovação. A atuação do governo na cobrança dos impostos foi rejeitada por 65% dos entrevistados e a taxa de juros foi criticada por 55%. A saúde, outro ponto vulnerável do governo, recebeu a desaprovação de 63% da população.

As avaliações por área de atuação em março foram, de maneira geral, melhores do que em dezembro. Sete das nove áreas avaliadas registraram melhora no saldo – diferença entre o percentual de “aprova” e o de “desaprova”. A pesquisa CNI-Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 16 e 19 de março e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

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